Entre oportunidades, sonhos e realidade: experiências de jovens estudantes de uma escola profissionalizante de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lopes, Ana Paula Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111545
Resumo: Nesta pesquisa, tenho como objetivo analisar as repercussões do ensino médio integrado à educação profissional nos projetos de futuro dos jovens estudantes de uma escola profissionalizante de Fortaleza. A pesquisa foi realizada em uma Escola Estadual de Educação Profissional em Fortaleza-CE, com jovens na faixa etária de 16 a 19 anos, do 3º ano dos cursos de Redes de Computadores e Estética. A pesquisa, de natureza qualitativa, se concretizou em dois momentos: primeiro, com os jovens enquanto estudantes e, posteriormente, com esses mesmos sujeitos enquanto egressos. Utilizei como instrumentos metodológicos a observação direta; acompanhamento dos sujeitos na rede social facebook; cadernos-diário para as narrativas juvenis; entrevistas semiestruturadas e diário de campo. O estudo mostrou que os jovens se inserem no ensino médio profissionalizante sem grandes expectativas e afinidades com o curso técnico. Buscam melhores oportunidades de educação e trabalho que a escola profissionalizante pode oferecer. Nesse sentido, a maioria dos jovens concludentes não projeta seu futuro tendo como centralidade a formação profissional adquirida. Desejam conquistar o diploma como estratégia de expandir as possibilidades diante do futuro incerto que os espera. Percebi que, apesar da escola profissionalizante ter como foco a preparação dos jovens para o mercado de trabalho, ela tem favorecido de modo mais significativo a inserção desse contingente ao ensino superior. Embora os jovens tenham avaliado a política do ensino médio integrado à educação profissional de modo positivo, teceram críticas à adaptação feita pelo governo nas escolas já existentes por fragilizar os resultados esperados. Aliado à infraestrutura precária do local estudado, outras lacunas fragilizam a política, entre elas: ausência de docentes efetivos da base técnica; falta de investimentos para atividades culturais; desvio de funções nos estágios. Observei que há considerável flexibilidade da escola pesquisada em proporcionar espaços-tempos de expressão das culturas juvenis, em especial, pelo incentivo aos projetos e grupos culturais na instituição. Associado a isto, contempla em sua dinâmica um conjunto de elementos que contribuem para a formação humana, fortalecem a socialização e a construção de projetos de futuro, constituindo assim, um verdadeiro “ateliê de sonhos” para os jovens. Palavras-chave: Jovens Estudantes. Escola Profissionalizante. Projetos de Futuro.