Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, SAMARA CRISTINA ROCHA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111235
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Resumo: |
Lentiviroses de pequenos ruminantes são enfermidades infectocontagiosas que afetam caprinos e ovinos, causando uma infecção multissistêmica e crônica, bem como perdas produtivas e econômicas. Os agentes causadores são o vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAEV) e Maedi-Visna (MVV), os quais compõem o grupo de lentivírus de pequenos ruminantes (LVPR). Esses vírus apresentam tropismo por células da linhagem monocítica-fagocitária que estão associadas a uma das principais vias de transmissão: a ingestão de colostro e leite de cabras infectadas. Como não há um antiviral e/ou vacina eficaz contra esses retrovirus, medidas de controle são fundamentais para evitar a disseminação do vírus na ovinocaprinocultura. Tem-se observado um direcionamento das pesquisas por fontes e métodos inovadores a serem empregados no controle desses agentes. Neste contexto, produtos advindos de plantas são alternativas de investigação como antirretrovirais potencialmente eficazes, a fim de eliminar e/ou minimizar a carga viral presente no leite e/ou colostro de cabras infectadas, e naturalmente, evitar a transmissão materno-filial. A Melia azedarach (M. azedarach), tem apresentado resultados promissores in vitro contra os LVPR. . Este estudo teve como objetivoavaliar in vivo o uso de extrato etanólico de folhas de M. azedarach na fração de acetato de etila na concentração de 150 µg/mL, como antirretroviral contra LVPR no colostro e leite caprino com ação de 90 minutos. Dois grupos de seis cabritos receberam artificialmente colostro e/ou leite tratados com o extrato. Um recebeu três fornecimentos de colostro de cabras naturalmente positivas para LVPR, tratado com fração de acetado de etila de M. azedarach (FAE-MA) ao longo de 24h, enquanto o outro grupo tomou leite de cabras também portadoras do vírus com o respectivo extrato duas vezes ao dia durante cinco dias. Após os tratamentos todos os animais passaram a receber leite termizado até o desmame (60 dias), e foram acompanhados por seis meses com testes de Reação em Cadeia da Polimerase Nested (nPCR) e Western Blot (WB). O estudo apontou percentuais cumulativos de animais positivos em WB ou nPCR no grupo leite de 66,66% no sétimo dia, 83,33% na semana seguinte e 100% aos 120 dias. No grupo colostro, 66,66% aos 14 dias, 83,33% aos 90 dias e 100% aos 120 dias. Em conclusão, foi evidenciada que todos os animais apresentaram resultados positivos no WB ou no nPCR em algum momento, porém houve variação e intermitência na detecção viral, reforçando a necessidade de associação de testes sorológicos e moleculares para a detecção mais eficiente da doença. Ademais, observou-se um possível retardo da infecção, mais significativo no grupo colostro. |