Avaliação in vitro e in vivo da infecção por Lentivírus de pequenos ruminantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Karina Cunha Callado, Ana
Orientador(a): Lúcia de Menezes lima, Vera
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1940
Resumo: Os lentivírus de pequenos ruminantes (SRLV) causam doença progressiva multissistêmica crônica, com longo período de incubação, que acomete caprinos e ovinos de todas as raças e idades. Estes vírus podem se manifestar de forma artrítica, respiratória, mamária e nervosa ou mesmo atingir vários órgãos, causando perda de peso e debilidade até a morte do animal. A infecção é persistente apesar da maioria dos animais infectados não desenvolver sintomas clínicos, com risco de disseminar o vírus para outros animais. A principal forma de transmissão do vírus do vírus é através da ingestão de colostro e/ou leite proveniente de animais infectados. Pode ocorrer transmissão horizontal. Os SRLV infectam células do sistema fagocítico-mononuclear e células dendríticas in vivo e infectam e replicam em macrófagos e em células derivadas de vários tecidos in vitro. O cultivo primário de células de membrana sinovial (MS) é amplamente utilizado para isolamento e replicação de SRLV. A capacidade de divisão destas células é limitada até atingir seu estado de senescência celular. Objetivando a otimização da produção, foi celular feito o reaproveitamento de explantes das articulações metacarpianas de feto caprino soronegativos para SRLV. Os explantes foram reaproveitados por seis vezes. As células de MS obtidas mantiveram-se em níveis satisfatórios de produtividade e permissividade à replicação de amostras de SRLV. Estas células de MS foram utilizadas para estudo da replicação de amostras brasileiras de SRLV BrPe1-01 e BrMg2-03, de forma comparativa com as amostras padrão CAEV Cork e Maedi-visna K1514. Não se obtiveram títulos viral e antígênico significativos das amostras brasileiras nas várias tentativas de replicação das amostras BrPe1-01 e BrMg2-03. Visando um melhor entendimento da epidemiologia dos SRLV em caprinos do Estado de Pernambuco, foi feito um levantamento sorológico nos anos de 2002 e 2003. Foram testados, por técnica de imunodifusão em gel de agar (IDGA), todos os animais de 31 rebanhos do Estado de Pernambuco. Dos 2206 animais testados, 15,3% (n= 338) estavam infectados por SRLV. Os animais soropositivos estavam distribuídos em 74,2% dos rebanhos (n=23).A avaliação do perfil lipídico de animais infectados por SRLV sem sintomatologia clínica, quando comparados aos de animais controle, sob as mesmas condições de manejo e alimentação, apresentaram os seguintes resultados: a) Os níveis de colesterol total foram significativamente mais elevados (p<0.005); b) O colesterol das lipotroteínas de elevada densidade (HDL) estava levemente aumentado, não sendo significativo; c) O colesterol das lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) estava levemente baixo; d) O nível de triglicerídeo foi similar nos dois grupos; e) O colesterol das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) estava significativamente elevado (p<0.005)