Grito silenciado: conceitualizações de violência na comunidade surda de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Nilton Câmara de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70745
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa, inserida na área da Linguística Cognitiva, buscou investigar os recursos lingüísticos utilizados por sujeitos surdos de Fortaleza, por meio da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), para comunicar e conceitualizar o fenômeno violência. A investigação teve como base os Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), proposta por Lakoff (1987) e seus colaboradores, bem como, a concepção de Mente Corpórea. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo-descritivo, apoiando-se em procedimentos etnográficos dos sujeitos em questão. O levantamento dos dados ocorreu em duas etapas. A primeira consistiu na abertura de inscrições na comunidade surda para a formação de um grupo de discussão sobre violência na Comunidade Cristã Videira, durante 4 sessões de 50 minutos cada. A segunda constou de entrevistas individuais com seis dos sujeitos surdos participantes do grupo de discussão, com duração de 15 minutos. As entrevistas filmadas, transcritas e traduzidas, compõem o corpus de análise do trabalho. Como resultado de análise, constatamos que o uso de gestos e expressão corpórea pelos surdos se processa como em qualquer língua ao conceitualizar o fenômeno violência, por meio de processos metafóricos e metonímicos. Quanto à conceitualização de violência, constatamos que a VIOLÊNCIA FAMILIAR e a VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL caracterizadas, principalmente, pelo preconceito e a não-comunicação em língua de sinais, correspondem ao conceito mais prototípico de violência para os surdos. Esse resultado é consistente com a afirmativa de que a Comunidade Surda tem sido vítima de uma violência invisível durante toda a história da humanidade e, principalmente no que se relaciona aos últimos 100 anos, a Língua de Sinais tem sido desrespeitada e desprezada pelos ouvintes (OLIVEIRA, 2007).&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Linguística Cognitiva. Modelos Cognitivos Idealizados. Conceitualização. Surdos. Violência. LIBRAS</span></div>