Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Filho, José Edelberto Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107875
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A demanda por alimentos é cada vez maior e a preocupação com a qualidade desses produtos é constantemente debatida tanto pela comunidade científica quanto pelos consumidores em geral. No meio desse debate, um dos itens que tem chamado mais atenção da mídia e da população são os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Inúmeras são as reportagens que tratam desse assunto ao longo dos últimos 20 anos, mas entre a população ainda não há um consenso sobre ele. Uma pesquisa realizada por Araújo Jr. (2015) analisou os Modelos Cognitivos Idealizados (MCIs) em matérias de quatro revistas brasileiras sobre OGMs e concluiu que elas induzem os leitores a um juízo de valor, deturpando o sentido, favorável ou desfavoravelmente. Os MCIs são estruturas cognitivas utilizadas para organizar nosso conhecimento e são responsáveis pela maneira como compreendemos o mundo (Lakoff, 1987). Visando entender mais esse assunto, decidimos verificar, por meio de MCIs, se a mídia influencia a conceitualização de alimentos geneticamente modificados por brasileiros e americanos. Para isso, dividimos nossa pesquisa em três fases. A primeira foi montagem e análise de corpora sobre os OGMs, em português e inglês. A segunda foi a análise dos termos utilizados para se referir aos OGMs e, finalmente, a terceira foi o experimento com sujeitos brasileiros e americanos. Na primeira fase, montamos dois corpora com matérias publicadas em portais de notícia brasileiros e americanos e, com ajuda do programa AntConc, verificamos quais são os termos utilizados para falar sobre transgênicos e como as colocadas desses termos estão associadas a conceitos positivos e negativos. Alguns termos são mais associados a conceitos negativos, enquanto outros mais a conceitos positivos. Na segunda fase de análise, constatamos que as matérias jornalísticas, quando focadas em mostrar um ponto de vista, tratam o assunto de quatro maneiras diferentes, a saber: 1) abordam positivamente, através do realce das vantagens dos OGMs; 2) abordam positivamente negando as desvantagens dos OGMs; 3) abordam negativamente, negando as vantagens do consumo dos OGMs; e, 4) abordam negativamente mostrando as desvantagens do uso dos OGMs. Com a ajuda do software de análises estatísticas Epi InfoTm 7.2.2.16, concluímos que: a mídia americana rejeita menos os produtos transgênicos que a mídia brasileira; a mídia americana usa menos frames negativos que a mídia brasileira; e que o frame Estar_em_risco é amplamente utilizado nos debates em relação ao tema. Na terceira fase, desenvolvemos um experimento online, para brasileiros e americanos, em que os sujeitos tiveram que ler um texto que continha uma das quatro formas</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de abordar o assunto e um termo utilizado para se referir aos OGMs. Os resultados mostraram que: os frames negativos influenciam negativamente os sujeitos; houve diferença entre a rejeição de brasileiros e americanos em textos contra os OGMs; o posicionamento dos sujeitos americanos contra e a favor é influenciado pelo frame do texto; e os dados não demonstraram haver relação entre a rejeição aos OGMs e o termo utilizado na argumentação.</span></font></div> |