Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lia Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84664
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Resumo: |
<div style="">A análise feita neste trabalho acerca do conceito de desartificação da arte (Entkunstung der Kunst), elaborado pelo filósofo alemão Theodor W. Adorno, põe em relevo as condições da arte no seio da sociedade burguesa no panorama social e histórico de desenvolvimento do capitalismo. A partir das evidências de multiplicidade e contradição que se sobressaem nesse fenômeno da Entkunstung, ou seja, a compreensão da ambivalência que esse conceito impele, sugere não somente o comentário sobre a decadência da arte, mas uma potencialização da linguagem artística enquanto crítica. A pergunta parte do seguinte ponto: a sociedade burguesa libertou a arte de seus vínculos cultuais e a secularizou, trouxea para a ordem do dia e, graças à reprodutibilidade técnica, deu acesso livre das massas a ela. Como então, diante desse panorama, a arte pode ter entrado no processo de crise do seu sentido? Desde o surgimento da fotografia e, posteriormente, do cinema, a reprodutibilidade técnica colocou em cheque os valores tradicionais do fazer artístico: houve o declínio da aura, a perda do valor de autenticidade e o esmaecimento do aqui e agora. Diante dessas condições, a arte passou por transformações profundas. Ora, como se sabe, a arte moderna foi a eclosão do rompimento com a tradição artística e inaugurou uma expressividade crítica e inovadora. Os movimentos vanguardistas surgem como a máxima desse rompimento. Assim, perante essa quebra crítica dos velhos paradigmas, a arte expande sua expressividade ao limite e indaga-se sobre seu próprio sentido e identidade. Essa ebulição já pode ser pressentida desde Hegel, quando este falou sobre o fim da arte. Tal tese hegeliana é trabalhada como diálogo com o conceito adorniano de desartificação para mostrar uma visão mais ampla sobre os primeiros indícios, mesmo que embrionários, dessa conjuntura. Assim, a constatação deste trabalho, levando em consideração o método dialeticamente negativo do autor, é que a desartificação da arte não significa só sua decadência e sufocamento social por meio da Indústria Cultural e seus mecanismos de padronização, mas também representa uma guinada da arte para uma linguagem que aceita essa condição não como derrota, mas como salvação e manutenção de sua expressão crítica, ratificando,por sua vez, a interface emancipatória da arte, ou simplesmente, a força que a arte ainda possui para bater de frente com a sociedade que a sufocou. Palavras-chave: Desartificação. Arte. Crise do sentido. Expressão crítica.</div> |