Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lia Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=101180
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A análise feita neste trabalho acerca do conceito de desartificação da arte</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(Entkunstung der Kunst), elaborado pelo filósofo alemão Theodor W. Adorno, põe</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">em relevo as condições da arte no seio da sociedade burguesa no panorama social</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">e histórico de desenvolvimento do capitalismo. A partir das evidências de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">multiplicidade e contradição que se sobressaem nesse fenômeno da Entkunstung,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ou seja, a compreensão da ambivalência que esse conceito impele, sugere não</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">somente o comentário sobre a decadência da arte, mas uma potencialização da</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">linguagem artística enquanto crítica. A pergunta parte do seguinte ponto: a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sociedade burguesa libertou a arte de seus vínculos cultuais e a secularizou, trouxea</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para a ordem do dia e, graças à reprodutibilidade técnica, deu acesso livre das</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">massas a ela. Como então, diante desse panorama, a arte pode ter entrado no</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">processo de crise do seu sentido? Desde o surgimento da fotografia e,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">posteriormente, do cinema, a reprodutibilidade técnica colocou em cheque os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">valores tradicionais do fazer artístico: houve o declínio da aura, a perda do valor de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">autenticidade e o esmaecimento do aqui e agora. Diante dessas condições, a arte</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">passou por transformações profundas. Ora, como se sabe, a arte moderna foi a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">eclosão do rompimento com a tradição artística e inaugurou uma expressividade</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">crítica e inovadora. Os movimentos vanguardistas surgem como a máxima desse</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">rompimento. Assim, perante essa quebra crítica dos velhos paradigmas, a arte</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">expande sua expressividade ao limite e indaga-se sobre seu próprio sentido e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">identidade. Essa ebulição já pode ser pressentida desde Hegel, quando este falou</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sobre o fim da arte. Tal tese hegeliana é trabalhada como diálogo com o conceito</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">adorniano de desartificação para mostrar uma visão mais ampla sobre os primeiros</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">indícios, mesmo que embrionários, dessa conjuntura. Assim, a constatação deste</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trabalho, levando em consideração o método dialeticamente negativo do autor, é</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">que a desartificação da arte não significa só sua decadência e sufocamento social</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">por meio da Indústria Cultural e seus mecanismos de padronização, mas também</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">representa uma guinada da arte para uma linguagem que aceita essa condição não</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">como derrota, mas como salvação e manutenção de sua expressão crítica,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ratificando,por sua vez, a interface emancipatória da arte, ou simplesmente, a força</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">que a arte ainda possui para bater de frente com a sociedade que a sufocou.</span></font></div> |