Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Elis Larisse Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96386
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Resumo: |
<span class="fontstyle0">Esta pesquisa investigou as toponímias indígenas na microrregião do Sertão de Quixeramobim,<br/>analisando o processo denominativo de alguns topônimos da região. O interesse pelo tema<br/>surgiu a partir da observação de que muitas cidades e distritos do Sertão Central Cearense são<br/>denominados com nomes indígenas, mesmo que não tenhamos povos indígenas habitando a<br/>região atualmente. Os nomes desses lugares, para o público em geral, se tornam uma realidade<br/>conhecida pelo uso que se faz cotidianamente desses topônimos que se perpetuaram ao longo<br/>do tempo, entretanto desconhecida em seus significados, suas origens e motivações. Dessa<br/>forma, este trabalho se propõe a investigar esse processo denominativo, esclarecendo e<br/>discutindo as questões linguísticas e extralinguísticas imbricadas na escolha e perpetuação<br/>dessas toponímias do Sertão de Quixeramobim. Para cumprirmos os objetivos expostos acima,<br/>utilizamos como principal fundamentação teórica as pesquisas de Dick (1980, 1990, 1992,<br/>2004), bem como sua proposta metodológica, que surgiu a partir do projeto de Atlas<br/>Toponímico do Estado de São Paulo (ATESP), e posteriormente se expandiu para o Atlas<br/>Toponímico do Brasil (ATB). A metodologia de Dick é uma referência para quem que se propõe<br/>a pesquisar toponímias, pois foi a autora que mais sistematizou a pesquisa neste campo do saber<br/>no Brasil ao criar um modelo taxionômico que permite classificar os topônimos de acordo com<br/>suas motivações. Levando-se em consideração o caráter interdisciplinar da ciência toponímica,<br/>suas interfaces nos permitiram a apropriação de conhecimentos de áreas diversas para a<br/>construção deste estudo, porquanto tecemos um fecundo diálogo entre linguística, história,<br/>estudos culturais e geografia, que nos permitiu uma visão mais ampla dos topônimos em estudo.<br/>O </span><span class="fontstyle2">corpus </span><span class="fontstyle0">é composto por 15 topônimos que nomeiam cidades e distritos da microrregião do<br/>Sertão de Quixeramobim. Todos eles foram coletados do mapa de escala 1 : 650 000<br/>disponibilizados pelo IBGE. De acordo com as análises, desse léxico toponímico, 80% são de<br/>natureza física, ou seja, sua motivação está relacionada aos aspectos naturais e geográficos dos<br/>espaços; e 20% de natureza antropocultural, isto é, sua motivação está relacionada a fatores<br/>histórico, culturais e sociais. Pudemos perceber, ainda, que a maioria dos topônimos tem sua<br/>motivação relacionada aos aspectos da vegetação e da hidrografia, resultado que nos ajudou a<br/>compreender a formação do campos conceitual-cognitivos (BIDERMAN, 1998) que estão<br/>envoltos nas escolhas designativas, sobretudo no que diz respeito à relação dos povos indígenas<br/>com a natureza.</span> <br style=" font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; "/> |