Subir Escadas, Tirar Telhas, Descer Pocos, Analise do Trabalho dos Agentes de Controle de Endemias N

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santana, Rafaela Pessoa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=73747
Resumo: As epidemias de dengue são responsáveis por milhares de casos e óbitos anualmente no <br/>mundo e, no Brasil, o nível endêmico dessa doença está diretamente relacionado à elevada <br/>infestação domiciliar pelo Aedes aegypti. Diversos agravantes favorecem a re-emergência do <br/>mosquito da dengue, dentre estes se destacam a proliferação de inúmeros criadouros <br/>artificiais, a urbanização desenfreada e a presença de fatores eco-bio-sociais. Estes fatos tem <br/>causado um obstáculo na realização de atividades de controle dos vetores que causam doenças <br/>nos indivíduos. Os Agentes de Controle a Endemias, são os profissionais responsáveis por <br/>este controle e têm a função de executar visitas aos domicílios, orientando a população e <br/>eliminar criadouros do A. aegypti, sendo o elo principal de ligação entre comunidade e estado. <br/>Assim, este estudo teve por objetivo compreender o processo de trabalho dos agentes de <br/>controle a endemias inseridos no contexto da dengue a partir dos aspectos eco-bio-sociais. <br/>Tratou-se de um aparte de um estudo multicêntrico, com o financiamento da Fundação das <br/>Nações Unidas da Infância, Centro Internacional de desenvolvimento e pesquisa, Programa de <br/>desenvolvimento das Nações, Banco Mundial, Organização Mundial de Saúde e Programa <br/>Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais, realizada em Fortaleza com <br/>perspectiva descritiva e enfoque qualitativo, no período de Novembro de 2011 a Janeiro de <br/>2012. Foram realizadas entrevistas abertas e em profundidade com 25 Agentes de Controle a <br/>Endemias, entrevistas informais com moradores e anotações em diário de campo do dia-a-dia <br/>do trabalho deste profissional. Além disso, o município foi dividido em quadrantes, dos quais <br/>sorteou-se, aleatoriamente, 10. Para o devido estudo, foram selecionados 3 clusters que <br/>tiveram o maior número de casos de Dengue nos últimos cinco anos. Assim, Os dados <br/>coletados foram trasncritos e analisados através do software NVIVO, do qual emergiram as <br/>seguintes categorias: O trabalho do Agente de Controle a Endemias é; Dengue no dia-a-dia: <br/>desafios na orientação e educação em saúde; Dificuldades no cotidiano do serviço: falta de <br/>estrutura física, apoio do governo municipal, resistência dos moradores, falta de padronização <br/>dos fardamentos e de um Ponto de apoio estruturado. Percebeu-se através das entrevistas o <br/>importante papel que o trabalhador, Agente de Controle a Endemias, apresenta na adesão e <br/>prevenção de doenças endêmicas e que as demais dificuldades encontradas interferem de <br/>modo significativo a prevenção da dengue. Torna-se necessário enfatizar e reestruturar <br/>mudanças no processo de trabalho dos Agentes, deixando de ser verticalizada e médica, e <br/>passando a ser intersetorializada. É notório a necessidade de cursos de qualificação para estes <br/>profissionais que incorporem os princípios da abordagem em ecosaúde. Sugere-se que o <br/>agente tenha o papel de orientador, educador e não de fiscalizador. <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>&nbsp;<br/><br/>Palavras-chave: Dengue, Ecossistema, Processo de Trabalho, Agente de Saúde. <br/>