POLÍTICAS EDUCACIONAIS NA ESCOLA: O PAPEL MEDIADOR DOS DIRETORES

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: FERREIRA, EVELINE ANDRADE
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Gestão escolar
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82249

<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Este trabalho busca somar-se a estudos sobre a gestão escolar, tendo como foco o papel do diretor escolar no atual contexto das políticas educacionais brasileiras. Os pressupostos e questões levantados instigam a definir como objetivo geral deste estudo: Analisar o papel do diretor escolar no processo de mediação de políticas educacionais associadas à melhoria do desempenho acadêmico de estudantes; e objetivos específicos: contextualizar o trabalho dos diretores no semiárido cearense a partir da análise de indicadores socioeconômicos dos municípios que compõem na pesquisa; situar o dirigente escolar no contexto das mudanças ocorridas no processo de promoção da educação enquanto direito público subjetivo, que se desdobram no seu dia a dia na escola; investigar mecanismos que influenciam os saberes e fazeres mobilizados pelo diretor para efetivar as políticas educacionais na escola; e, apresentar elementos do processo de constituição da identidade do dirigente escolar capazes de influenciar no processo de mediação das políticas educativas. Propõe-se a confirmação da seguinte tese: O diretor é sujeito mediador do processo de interpretação e “recriação” das políticas educacionais no território da escola; neste sentido, seus saberes, fazeres e autonomia trazem implicações decisivas para a escola e seus alunos. A metodologia qualitativa envolveu a realização de entrevistas semiestruturadas com doze diretores de escolas (estaduais e municipais) de altos e baixos IDEB, em três municípios (de alto, médio e baixo IDH, respectivamente). Os resultados obtidos foram trabalhados a partir da análise de conteúdo. Lançou-se um olhar, a partir de sete lentes (ou categorias de análise), sobre os contextos da prática, da produção do discurso e de influência a que se referem ao trabalho e à vida dos dirigentes escolares: mediação, autonomia, território, identidade, direito à educação, saberes/fazeres do diretor e autoconstituição profissional. A primeira conclusão nasce da demonstração de que o diretor, de fato, reinterpreta e “recria” as políticas educacionais, mediando de forma decisiva sua chegada à escola. Para isso, ele mobiliza saberes e fazeres, a partir do grau de autonomia conquistado, o que remete à forte influência que a participação da comunidade e do Poder Executivo – representado por instâncias como as CREDE e Secretarias de Educação - podem exercer neste processo. Portanto, a tese pôde ser confirmada. A segunda conclusão parte de reflexão sobre a centralidade assumida pela figura do diretor na gestão escolar. O atual momento</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">histórico reforça a personificação dessa centralidade. Na prática, essa centralidade atribuída ao diretor no processo de mediação das políticas educacionais na escola é partilhada por outros atores. Apesar de as políticas locais focalizarem o diretor, a reinterpretação e “recriação” conjunta das políticas que devem chegar à escola contribuem para garantir ao processo educativo um caráter mais participativo e democrático, próprio da educação ensejada pelo povo brasileiro e traduzida na educação cidadã preconizada pela Constituição do país.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Diretores escolares. Gestão escolar. Política educacional. Direito à educação.</span></font></div>