CRIOPRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS DO VÍRUS DA RAIVA A MÉDIO PRAZO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: AGUIAR, TEREZA D'ÁVILA DE FREITAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88895
Resumo: A efetivação de trabalhos no campo das ciências biológicas, agrárias, biomédicas e<br/>indústria farmacêutica voltados à pesquisa com o vírus da Raiva baseia-se,<br/>primariamente, na aquisição e manutenção de amostras biológicas. Contudo, não<br/>existe uma fórmula singular, ideal ou universal que determine a eficiência da<br/>estocagem e preservação desse microrganismo a médio e longo prazos, fazendo da<br/>criobiologia um campo de amplo potencial para o desenvolvimento de pesquisas<br/>nessa área. Assim, o objetivo desse estudo foi conservar amostras de vírus da Raiva a<br/>médio prazo mediante diferentes protocolos de criopreservação. Para o desenho<br/>metodológico, as amostras submetidas à criopreservação foram provenientes de<br/>camundongos (Mus musculus) inoculados com a cepa viral CVS 31.2 por via<br/>intracerebral. Os protocolos de criopreservação do vírus da Raiva à temperatura de -<br/>20ºC foram divididos em função das variáveis tempo e aplicação de crioprotetores.<br/>Foram utilizados dois crioprotetores penetrantes ou intracelulares (dimetilsulfóxido e<br/>glicerol) e dois crioprotetores não penetrantes ou extracelulares (sacarose e<br/>polietilenoglicol). Elegeram-se a partir da literatura especializada as concentrações<br/>medianas e máximas de cada agente crioprotetor. Quanto ao tempo de conservação<br/>das amostras, foram estabelecidos intervalos regulares de tempo (360, 720 e 1080<br/>dias) para a execução de testes laboratoriais (titulação viral, imunofluorescência<br/>direta, inoculação intracerebral de camundongos e Reação em Cadeia da Polimerase<br/>com Transcriptase Reversa), no sentido de avaliar o comportamento das amostras<br/>virais mediante as distintas técnicas de preservação instituídas, bem como, analisar a<br/>acurácia dos testes aplicados. Após um ano de criopreservação, foram observadas<br/>divergências quanto à intensidade da fluorescência dos corpúsculos intracelulares de<br/>vírus da Raiva e no tempo médio de sobrevida dos camundongos entre as amostras<br/>dos controles positivo e os demais tratamentos com os crioprotetores. Após dois anos,<br/>quase nenhuma amostra submetida aos protocolos de criopreservação induziu reação<br/>de fluorescência, incluindo os controles. À exceção da amostra exposta ao<br/>crioprotetor sacarose (68%), que respondeu positivamente à imunofluorescência<br/>direta e à inoculação intracerebral de camundongos. Por conseguinte, após três anos<br/>de criopreservação todas as amostras de vírus da Raiva conservadas a -20&#730;C se<br/>apresentaram negativa, inclusive a amostra exposta ao crioprotetor sacarose 68%. Por<br/>outro lado, a técnica molecular RT-PCR detectou o RNA viral em 100% das amostras<br/>de vírus da Raiva criopreservadas por um ano (T360) e em 80% das amostras<br/>criopreservadas por dois anos (T720). Dessa forma, a criopreservação de vírus da<br/>Raiva a -20ºC a médio prazo comprometeu a viabilidade das amostras virais.<br/>Contudo, o agente crioprotetor sacarose, 68%, produziu um efeito conservante nas<br/>amostras de vírus da Raiva criopreservadas por até dois anos, no entanto foi ineficaz<br/>após a conservação por um período de três anos. Adicionalmente, a técnica molecular<br/>RT-PCR foi capaz de detectar o RNA do vírus da Raiva em amostras criopreservadas<br/>a -20ºC com viabilidade viral comprometida.<br/>Palavras-chave: Vírus da Raiva. Agentes crioprotetores. Criopreservação. Médio<br/>prazo. RT-PCR.