Risco de transmissão para o homem do vírus da raiva oriundo de saguis (Callithrix jacchus) na região metropolitana de Fortaleza, Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Aguiar, Tereza D' Ávila de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=63836
Resumo: Uma nova variante do vírus da Raiva foi identificada em associação a casos de Raiva humanos, no estado do Ceará, transmitidos por saguis (Callithrix jacchus), primatas freqüentemente criados como animais de estimação. Essa variante não apresenta proximidade antigênica ou relação genética com as variantes do vírus encontradas em morcegos e mamíferos terrestres das Américas. O objetivo do estudo foi avaliar os fatores de risco de transmissão do vírus da Raiva oriundo de sagui (Callithrix jacchus), criado como animal de estimação, para o homem na Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará. Para tanto, foi aplicado um questionário estruturado a 19 criadores de saguis, residentes nos municípios de Aquiraz e Maranguape, Ceará, enfocando o manejo e a interação desses primatas com humanos. Para avaliação da ocorrência de antígenos rábicos, através do teste de Imunofluorescência Direta (IFD), foram coletadas amostras de saliva dos saguis domiciliados e semidomiciliados. Com base nos resultados obtidos desses espécimes foram analisadas amostras de Sistema Nervoso Central (SNC). Na análise dos questionários, observou-se a proximidade dos criadores de saguis durante o manejo desses animais nos domicílios, bem como, seus conhecimentos limitados sobre a Raiva, demonstrando haver risco quanto a transmissão do vírus. De 29 amostras de saliva de saguis reavaliadas, uma (3,45%) apresentou reação de IFD positiva. De 11 amostras de SNC, três (27,3%) apresentaram positividade. Os dados laboratoriais estão de acordo com os achados dos questionários, confirmando haver risco da transmissão do vírus da Raiva devido a convivência de humanos com saguis (C. jacchus) no Estado do Ceará. Palavras-chave: Sagui. Callithrix jacchus. Vírus da Raiva. Transmissão. Humanos.