APLICATIVO MÓVEL: INTERFACE DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA PARA A SUSTENTABILIDADE

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: OLIVEIRA, KELLY TELES
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Saúde da criança e do adolescente
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86055

O modo de vida de uma comunidade contribui para o aparecimento de doenças emergentes e reemergentes. Uma vez que o destino do lixo inadequado serve de locus para os agentes transmissores de doenças, que comprometem a saúde pública. Esse estudo é justificado pelo elevado número de casos notificados de doenças prevalentes na infância, com foco nas patologias relacionadas ao saneamento ambiental. Desse modo, necessita-se de educação em saúde para minimizar agravos a partir da autonomia do cidadão em ações de autocuidado. Para isto, os aplicativos móveis são ferramentas de ensino relevante para auxiliar na aprendizagem infantil. Foi norteado pelas perguntas: O que as crianças pensam sobre o lixo? Como os aplicativos móveis voltados para educação em saúde são usados pelo público infantil? Trata-se de um estudo metodológico para construção e validação de um aplicativo móvel voltado para crianças. A pesquisa foi desenvolvida no período 2017 a 2019, sendo percorridas quatro etapas: revisão de literatura, pesquisa de campo, construção do aplicativo móvel e validação. Realizou-se a revisão sistemática da literatura em 2017 e 2018, sendo norteada pela pergunta: os aplicativos móveis são eficazes para a educação em saúde voltados para crianças? A busca ocorreu a partir da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e no portal PUBMED (Desenvolvido pelo National Center for Biotechnology Information) nas bases de dados: MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online). E no Portal CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) na base de dados CINAHL (Cumulative Index of Nursing and Allied Health). Os critérios de inclusão foram: ser texto completos disponíveis gratuitos, sendo até cinco anos da publicação, pesquisas de maior evidência científica, como ensaios clínicos randomizados, estudo de caso e pesquisa metodológica. Critérios de exclusão: textos sem referências fundamentais e trabalhos que não apresentar resumos nas bases de dados. Foram encontrados 53 artigos, após os filtros foram inseridos 15 artigos e realizado a análise de método, tipo de estudo e desfecho. Na pesquisa de campo a representação social foi traçada a partir da palavra lixo, utilizou-se a técnica de associação livre de palavras com as crianças do ensino fundamental, com faixa etária de oito a dez anos de uma escola pública. A análise prototípica e de similitude foi possível a partir da matriz transcrita para programa Libre office, refinado conforme orientações do manual para uso do programa IRAMUTEQ (Interface de R pour les<br/>Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade Regional do Cariri. Os resultados da revisão sistemática alcançaram os objetivos, sendo caracterizado por tipo de estudo, no qual 07 (46,6%) desses foram ensaios clínicos randomizados, a maioria 12 (80%) dos artigos demonstram a utilização de aplicativos móveis como ferramenta de educação em saúde. Esses são usados em maior frequência em smartphones 08 (53,3%), havendo eficácia educacional em relação a adesão a tratamentos de saúde e auxílio em diagnósticos. Na pesquisa de campo participaram 83 crianças escolares, formando 249 evocações, sendo uma frequência média de 7,44 e a média de ordem de evocações para considerar inclusão nos quadrantes foi de 1.93, o valor de corte 2. Na análise prototípica, os valores segundo as palavras citadas por frequência e ordem de evocação: sujo (28 e 1.6), reciclável (27 e 1.8), nojento (25 e 1.8) e poluição (24 e 1.9). Verifica-se que essas palavras foram de maior representação social, uma vez que as citações estão mais evidentes, sendo citadas como primeira palavra. Na análise de similitude observou-se a presença da palavra reciclagem, demonstrando conhecimento superficial sobre a ligação do lixo a reciclagem. Dessa forma, enfatizou-se a necessidade de elaboração de um aplicativo móvel para público infantil. Esse foi nomeado de “Carta Verde”, construído para desmistificar esse pensamento das crianças sobre o lixo. Caracteriza-se como uma virtualização do jogo de memória voltado para assimilação de questões relacionada ao meio ambiente, saúde e sustentabilidade. O jogo possui duas fases, aumentando o grau de dificuldade na segunda etapa. As imagens, designer e operacionalização foram desenvolvidas por profissionais da tecnologia da informação, assim como a validação de usabilidade. A disposição para uso na plataforma play store só foi possível após as retificações sugeridas pelos juízes. Recomenda-se que sejam realizados estudos posteriores para mensurar a eficácia da utilização desse aplicativo móvel educacional.<br/>Palavras-chave: Saúde da criança. Revisão de integridade científica. Educação em saúde. Tecnologia da informação. Lixo.