Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, CRISTIANE MARIA MARTINS |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84986
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Resumo: |
A gestação é um período oportuno para as intervenções preventivas, particularmente no sentido de ampliar o conhecimento e a motivação das mulheres para escolhas dietéticas saudáveis destinadas à melhora do estado nutricional, ao sucesso do desfecho da gestação e que consequentemente corroborem para minimizar as taxas de morbimortalidade perinatal e neonatal. O estudo objetivou analisar as inter-relações entre significados de alimentação, orientações recebidas no pré-natal e características sociodemográficas e de saúde de gestantes e puérperas de risco. Trata-se de um estudo transversal, realizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, envolvendo 100 gestantes e puérperas internadas em unidade de alto risco. As mulheres foram entrevistadas e responderam perguntas abrangendo variáveis socioeconômicas, de saúde e de alimentação. Para investigar o significado de alimentação, utilizou-se o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP). As variáveis numéricas foram descritas em médias e desvios-padrão, e as categóricas, em frequências simples e percentuais. Testou-se a normalidade pelo teste de Shapiro Wilk. Para investigar possíveis associações entre as variáveis de interesse, utilizou-se o teste do Qui-quadrado. Os dados foram analisados no programa estatístico STATA, versão 10.0. Para todos os testes, adotou-se o nível de significância de 5%. O TALP foi analisado pelo software EVOC 2000, através da construção do quadro de quatro casas. As participantes do estudo eram mulheres jovens, de baixa renda, média escolaridade, as quais viviam com o companheiro e estavam em sua primeira ou segunda gestação. A maioria (63%) iniciou a gestação com excesso de peso. Estas foram as que mais receberam orientações alimentares restritivas (p=0,004). As orientações restritivas mostraram correlacionar-se de maneira positiva com o relato de exclusão de doces e gorduras (p = 0,010). As principais causas citadas para inclusão de alimentos no decorrer da gestação foram desejos (35,3%) e saúde materna (21,6%), enquanto para exclusão foram enjoos (46,9%) e o excesso de peso (16,2%). Para as gestantes e puérperas deste estudo o significado de alimentação revelado mediante a aplicação do TALP foi expresso de maneira positiva como saudável e comida (Fr. =41, OME =1,6; Fr.=35, OME = 1,6). Não foi observada associação significante entre quaisquer variáveis socioeconômicas e saúde investigadas com as evocações das categorias mais significativas. Assim percebe-se que as gestantes avaliadas revelam sentimentos positivos para seguir uma alimentação saudável independente da sua classe social, idade e perfil nutricional. Conclui-se que as orientações sobre alimentação durante o pré-natal estiveram associadas com o estado nutricional e com a modificação do hábito alimentar de algumas mulheres e podem ter ressignificado alimentação para um pequeno número de mulheres. Portanto, o ato de se alimentar não pode ser visto como uma simples necessidade de saúde, mas sim como uma área constituída de símbolos que influencia escolhas e satisfaz desejos.<br/>Palavras-chave: gestantes de alto risco; nutrição materna; serviços de saúde materna; orientação. |