O trabalho como base fundante do ser social e a crise estrutural do capital: uma análise onto-crítica do complexo da educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Maria Alane Lorena Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109703
Resumo: A presente pesquisa foi fundamentada nos pressupostos ontológicos de Georg Lukács associando as categorias trabalho, reprodução social e educação, dentro da crise estrutural do capital. Procuramos com esta pesquisa contribuir para um maior entendimento do atual modelo de educação que está articulado com o capital em que a mesma educação está empenhada em atender as demandas do mercado. Faz-se necessário, apontar alguns complexos sociais que se desdobraram do trabalho e exercem funções essenciais no cotidiano dos dias atuais. A pesquisa tem por objetivo principal analisar a educação no processo de reprodução social frente à crise estrutural do capital, tendo como base principal o volume 14 do livro Para a Ontologia do Ser Social, de Georg Lukács, mais especificamente o capítulo intitulado "A reprodução". Para tanto buscamos compreender o trabalho como a base fundamental do ser social desde seus primórdios, sua configuração na comunidade primitiva, até seu modelo atual, buscando sempre a relação com a educação e seus moldes. Para alcançar nossos objetivos, adotamos como método de pesquisa o materialismo histórico-dialético, certificado por Karl Marx e Friedrich Engels, em sua vertente onto-histórica, resgatada por Lukács (2018) em sua Ontologia. Utilizamos de uma metodologia teórico-bibliográfico e fizemos uso de obras importantíssimas na temática, como Lessa (2016), Tonet (2016), Mészaros (2011), entre outros. Como conclusões parciais, que a partir do momento que a educação passou a servir o capital, ela passou a atender as finalidades econômicas do sistema. A educação se fragmentou e perdeu sua essência. Hoje, os jovens e adultos estão cada vez mais à procura de um ensino técnico, pois é o que demanda a sociedade moderna. A saída dessa situação é a busca por modelos educacionais que sejam capazes de oferecer formação para a verdadeira liberdade, de modo a preparar as pessoas para a luta incessante contra a opressão e a desigualdade.