As tendências e contratendências do capital em crise estrutural: uma análise onto-crítica do ProEMI no bojo da política de EPT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Daniela Glicea Oliveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84951
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A crise aguda que tem afetado todas as estruturas sociais, como inédita no sistema do capital, expressa uma tendência à queda da taxa de lucro. Em seu movimento tendencial, a queda da taxa de lucro não pode se efetivar por completo, encontrando barreiras nas suas contratendências. Essas causas contrariantes afetam sobremaneira as condições de vida da classe trabalhadora, que tem sido acometida com as tendências ao desemprego estrutural, a precarização do emprego, dentre outras. Nesse contexto, o desenvolvimento de habilidades pela classe trabalhadora tem sido tomado como um objetivo estratégico pelo Programa de EPT, que tem recomendado diretrizes aos países da periferia do capital, sob a égide dos organismos internacionais, buscando promover mistificações a respeito das contradições sociais engendradas pelo desenvolvimento contraditório do capital. De pronto, buscamos demonstrar as tendências no campo educacional expressas nas diretrizes da Política de EPT diante da crise estrutural do capital, que, no Brasil, consolidam-se, dentre outros, no programa de formação de habilidades da classe trabalhadora ProEMI. Esse programa surge no contexto das reformas realizadas na Política Educacional brasileira a partir de 1990, conforme as determinações dos organismos internacionais, como o Banco Mundial, a ONU e a UNESCO, no âmbito do movimento de EPT. O ProEMI foi encetado no Brasil juntamente com um conjunto de políticas, programas e ações para o cumprimento dos objetivos consoantes a agenda da EPT. Ele se volta para as escolas de Ensino Médio não profissionalizantes e surge sob a justificativa da promoção de um currículo mais flexível e diversificado. Para aclarar o objeto, adotamos a onto-metodologia, partindo da premissa da centralidade do trabalho na fundação do ser social (LUKÁCS, 1976 apud LESSA, 2007). No desvelamento da questão problema realizaremos um estudo teórico-bibliográfico e documental, nos debruçando sobre o arcabouço teórico dos autores que realizam a crítica marxista ao sistema sociometabólico do capital. Constatamos que a política dos organismos internacionais atende a interesses mercadológicos de formação mínima da classe trabalhadora. Asseveramos, outrossim, que as reformas orientadas no contexto da EPT, sob o pretenso discurso do alcance da equidade e da sustentabilidade social, têm produzido tendências educacionais que representam uma completa mutilação da possibilidade de uma formação humana plena.&nbsp;</span></font></div><div style=""><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Programa de EPT. Tendências Educacionais. Onto-marxismo. Crise Estrutural do Capital. ProEMI.</span></div>