Reconstituição Paleobiogeoclimática dos Brejos de Altitude do Ceará: Um Estudo de Caso da Serra de Uruburetama (CE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Aguiar, Antonia Elisangela Ximenes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=112567
Resumo: Esta tese pretende contribuir para a compreensão das condições responsáveis pela evolução da paisagem da Serra de Uruburetama - CE ao longo do Quaternário através de análises multiproxies, como biomineralizações de sílica (fitólitos), análises granulométricas, teor de carbono e datações por 14C-AMS. A área de estudo foi compartimentada em três unidades geoambientais, sendo: vertente úmida, subúmida e seca, onde foram coletadas um total de 117 amostras de solo e 18 amostras de plantas. Na vertente úmida estão localizados os perfis 01, 02, 03, 05 e 11, já na vertente subúmida temos os perfis 04, 06, 07, 08 e 10 e por último na vertente seca composta pelos perfis 09 e 12. As 3 vertentes apresentaram semelhanças e diferenças entre si. As análises fitolíticas de todos os perfis apresentaram as mesmas tendências, apesar de variações em razão da granulometria, e das condições edafoclimáticas de deposição entre os perfis. Não foram registradas grandes mudanças na cobertura vegetal na área de estudo durante o Holoceno, com predomínio de vegetação aberta, muitas herbáceas e poucas lenhosas. No entanto, foi possível observar pequenas pulsações climáticas que identificaram períodos relativamente mais úmidos na transição do Pleistoceno para o Holoceno Inferior com pulsos de umidade em períodos curtos de fortes chuvas sob condições climáticas secas e episódios mais secos por volta de 9.000-8.200 anos cal AP. Do Holoceno Médio para o Holoceno Superior tivemos algumas oscilações entre episódios secos e tendências à maioria umidade, sendo amostras datadas em 8184-7713 anos cal AP e 8163-7667 e 5583-5577 anos cal AP para ambiente mais seco e 5022-4417 anos cal AP e 4241-3664 anos cal AP, para um episódio mais úmido. Este último episódio também correspondeu à maior densidade arbórea observada, indicando um período de maior umidade. O estudo de biomineralizações associado às demais análises mostrou-se bastante eficaz na compreensão da evolução da paisagem e de mudanças ambientais.