Serra de Maranguape: brejo de altitude remanescente de Mata Atlântica?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Braga, Daniel Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107843
Resumo: Na Região Nordeste, com ênfase no Estado do Ceará, diversos autores acreditam que a Mata Atlântica ocorre como enclaves de matas úmidas ou brejos de altitude, no contexto do semiárido, tornam-se ambientes de exceção. Comumente, esta vegetação ocorre áreas de relevos de superfícies elevadas, acima de 600 metros em relação ao mar, que possuem influência de fatores climáticos. No entanto, os critérios para a classificação dessa vegetação não são devidamente explanados, causando divergências quanto a classificação e não apresentando uma conclusão definitiva se as espécies florísticas presentes nessas áreas são as mesmas encontradas na Mata Atlântica em outras partes da região Nordeste. O presente estudo pauta-se em investigar se a presença de mata úmida em cotas altimétricas mais elevadas (a partir de 600m) caracterizam a vegetação remanescente de Mata Atlântica na Serra de Maranguape-CE. Dessa forma, buscou-se estabelecer uma comparação com uma área de Mata Atlântica comprovada no caso o Parque Estadual de Dois Irmãos, apresentando as características ambientais a formação das unidades fitogeográficas, o contexto bioclimático e por fim, levantou-se o índice de similaridade das duas áreas, comparando a presença de espécies que ocorrem nas duas áreas através dos registros catalogados no banco de dados de herbários na plataforma Specieslink. A partir disso, constatou-se que as áreas possuem diferenças do ponto de vista estrutural (geologia, geomorfologia e pedologia), todavia, do ponto de vista hidroclimatológico, há grande proximidade entre elas. O balanço bioclimático apresentou resultados semelhantes e se averiguou que em ambas as áreas não há paralisação vegetativa ao longo do ano. Quanto a análise dos dados das espécies e dos índices de similaridades aplicados, obteve-se baixa similaridade entre estas. Deste modo, entende-se que nesta área apresenta remanescente de Mata Atlântica, no entanto não compõe parte do bioma verificado em Pernambuco, necessitando de análises mais aprofundadas da temática do ponto de vista paleontológico.