Migrantes cearenses no Pará: faces da sobrevivência (1889-1916)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lacerda, Franciane Gama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103869
Resumo: <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify; background-color: rgb(243, 243, 243);">Entre 1889 e 1916, sob a influência da economia da borracha e do interesse pelo desenvolvimento da agricultura, o Pará experimenta a chegada de grande número de migrantes cearenses que, movidos pelos problemas da seca, ou atraídos pelas alternativas de trabalho que essa região oferecia, para lá se deslocavam, vivenciando variadas experiências sociais. Esta tese discute essa experiência, examinando os muitos significados atribuídos a ela pelos migrantes, desde sua saída do Ceará até sua instalação no Pará nos núcleos coloniais, na capital paraense e nos seringais. Igualmente, trata-se de perceber os sentidos que os poderes públicos do Ceará e do Pará deram a esse processo migratório. Parte da historiografia que se debruçou sobre o tema solidificou a imagem dos migrantes cearenses como pobres flagelados pela seca ou como semi-escravos nos seringais, presos aos revezes da natureza ou à exploração de um patrão. Entretanto, a experiência migratória tem outras dimensões. Nela estão também presentes a luta pela sobrevivência, pelo trabalho e pela posse da terra, revelando conflitos, laços de afetividade com a família, com a terra natal dos migrantes, redes de solidariedade e uma estreita relação entre a floresta e a cidade.</span>