A TRAJETÓRIA POLÍTICA DO MST: da crise da ditadura ao período neoliberal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: COLETTI, CLAUDINEI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103225
Resumo: <span class="fontstyle0">Esta tese analisa a trajetória política do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais<br/>Sem Terra) desde o seu surgimento, numa conjuntura marcada pela crise da ditadura<br/>militar, até o final do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, em 2002.<br/>O objetivo geral do trabalho, portanto, é examinar a luta pela terra e pela reforma<br/>agrária empreendidas pelo MST em diferentes conjunturas políticas, ou seja, refletir sobre<br/>as razões que poderiam explicar o surgimento do movimento, a partir da retomada das<br/>ocupações de terra, no Sul do país, no final dos anos 70; analisar os fatores que<br/>possibilitaram a expansão do MST por todo o território nacional e sua consolidação efetiva<br/>durante o governo Sarney; discutir a repressão que se abateu sobre os sem-terra durante o<br/>governo Collor, numa conjuntura marcada pelo início da implantação das políticas<br/>neoliberais no Brasil e, finalmente, refletir sobre as razões da expansão do movimento<br/>durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso e sobre os fatores explicativos<br/>para o refluxo da luta pela terra no segundo mandato desse governo.<br/>Se o objetivo geral do trabalho é analisar a trajetória política do MST, o objetivo<br/>específico é explicar a importância política que esse movimento adquiriu, na década de<br/>1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa conjuntura adversa a outros<br/>movimentos sociais populares.<br/>O crescimento do MST, a partir de 1995, foi possível graças à conjunção de vários<br/>fatores, dentre os quais se destacam: o caráter aparentemente democrático do governo<br/>Fernando Henrique Cardoso; os efeitos sociais perversos das políticas neoliberais que, ao<br/>provocarem a falência de milhares de pequenos produtores agrícolas e o aumento do<br/>desemprego rural e urbano, possibilitaram ao MST recrutar essa massa marginalizada e<br/>expandir suas bases sociais; a ausência dos “constrangimentos econômicos” entre os semterra (medo da demissão, do desemprego, etc.), fator que facilita a mobilização desses<br/>trabalhadores; e, por fim, a ideologia anticapitalista do MST, que permitiu ao movimento<br/>resistir à hegemonia neoliberal.<br/>O MST não só cresceu a partir de 1995, como também se converteu no principal<br/>foco de oposição política ao governo, o que gerou, por parte deste (no segundo mandato de<br/>Fernando Henrique Cardoso), uma forte repressão sobre o movimento com a finalidade de<br/>isolá-lo e de acuá-lo politicamente.</span> <br style=" font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; "/>