Atividades Educativas Emancipadoras e a chamada Arte-educação: possibilidades e limites

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Sousa, Elizamara Fernandes De
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113949

Este trabalho tem como premissa compreender o estudo sobre a possibilidade de articulação das atividades educativas emancipadoras cunhadas pelo professor Ivo Tonet com a dita arte-educação na sala de aula da educação básica, especificamente nos anos iniciais do Fundamental I. Para isso, fizemos uso do materialismo histórico-dialético, realizando uma pesquisa bibliográfica e documental. Nos respaldando nos clássicos do marxismo, especialmente em Lukács, na sua célebre obra, a Grande Estética, elaboramos como objetivo geral analisar as possibilidades de articulação entre as atividades educativas emancipadoras e a chamada arte-educação na sala de aula do Ensino Fundamental I no município de Quixadá. Os objetivos específicos voltam-se para constatar a importância do trabalho como fundamento da educação e da arte; diferenciar a educação da arte; examinar se e como a conhecida arte-educação é discutida nos documentos oficiais em contraposição às AEEs; e verificar, no contexto do Ensino Fundamental I do município de Quixadá, as articulações possíveis entre arte e educação e as AEEs. Para respondermos os objetivos propostos, dividimos nossa investigação em quatro seções, iniciando pelo estudo da categoria fundante do ser social, o trabalho. Consideramos, apoiados em Marx e Lukács, que o trabalho é o ato-gênese do ser social e das diversas práxis que surgiram a partir dele. Desse modo, optamos por diferenciar os complexos da educação e da arte, para aproximarmos da educação escolar, especificamente da chamada arte-educação. Apontamos como o campo educativo apresenta características de acordo com o período histórico e com o modelo socioeconômico e a função social da arte e a sua diferença do complexo educativo pelos pares relacionais da antropomorfização e desantropomorfização, imanência e transcendência. Com a análise da institucionalização da arte-educação como componente escolar através dos documentos oficiais, PCNs-Arte e BNCC, assim como pela análise dos dados obtidos através de uma entrevista, verificamos que a crise estrutural do capital afeta as políticas educacionais, e como tal crise utiliza o complexo educativo como medida paliativa para tentar sanar seus efeitos danosos. Ao final, nossa investigação procurou comprovar o potencial desfetichizador da arte.