O trabalho docente na rede municipal de Cidreira/RS : limites e possibilidades de uma práxis emancipadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Purin, Paola Cardoso
Orientador(a): Zitkoski, Jaime José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/32191
Resumo: Nesta dissertação estudamos o trabalho docente realizado pelos professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Cidreira/RS (RMC). Este estudo, de natureza qualitativa, inscreve-se sob orientação do método materialista-dialético. O principal objetivo consistiu em compreender e explicitar as contradições que movimentam o trabalho dos professores em Cidreira e como estas medeiam (porque não determinam) o fazer político pedagógico dos educadores no espaço escolar diante da precarização do trabalho imposta pelo capital flexibilizado, buscando entender os limites e as possibilidades à construção de uma práxis emancipadora. O pressuposto que rege nossas análises é que a reestruturação produtiva do capital, que provocou profundas mudanças estruturais, tecnológicas, produtivas e organizacionais na sociedade, tendo como uma de suas bases a reestruturação do mundo do trabalho, repercute diretamente na composição, estrutura, gestão e relações de trabalho na escola pública. Ou seja, as contradições entre capital e trabalho condicionam as relações educacionais vividas na RMC. Por um lado, as premissas da acumulação flexível interpelam as relações de trabalho dos professores, expondo os educadores a um intenso processo de exploração da sua força de trabalho por meio de estratégias como a intensificação, a precarização, a temporariedade do capital flexível, o adoecimento e exploração das emoções e sentimentos dos educadores. Estas formas de exploração, ao colocarem o professor em situação de vulnerabilidade, impõem limites concretos à constituição de uma práxis emancipadora. Por outro lado, ainda que, sob a égide do capital, práticas e relações de luta e resistência dos trabalhadores, desde o empenho em possibilitar uma formação teoricamente consistente e crítica aos alunos até uma organização de professores para reivindicarem seus direitos e/ou outras condições de trabalho e existência, se desenvolvem, em disputa. E representam a esperança e a consolidação de movimentos na e para a constituição de uma práxis emancipadora. A pesquisa revela a relação contraditória que o trabalho do professor na sociedade capitalista pressupõe, entre as determinações de desumanização e as possibilidades de emancipação, do professor enquanto classe trabalhadora e da escola enquanto espaço de formação.