Do aperfeiçoamento ao controle da formação: as metamorfoses da avaliação da pós-graduação em educação no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alves, Estefanni Mairla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83334
Resumo: <div style=""><span style="font-size: 13.3333px;">Nos últimos anos presenciou-se uma ambiência de produtivismo, competitividade e celeridade na pós-graduação brasileira. Isso se deve às mudanças ocorridas nas exigências avaliativas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) a partir do final do século XX, momento em que a instituição modificou suas regras de avaliação dos programas de pós-graduação. Instituíram-se os triênios como o período no qual os professores-pesquisadores membros dos programas de pós-graduação têm que produzir uma quantidade mínima de publicações para não sofrerem sanções e garantirem o fomento necessário à manutenção dos programas. Partindo desse cenário, elege-se o seguinte objetivo a ser alcançado na dissertação: compreender em que medida as exigências avaliativas da CAPES interferem na produtividade da pós-graduação em Educação no Brasil. Para alcançar tal compreensão, escolheu-se o caminho de apropriação da realidade traçado por Marx (1982, 2004) que conduz a pesquisadora à aproximação do objeto num percurso ao qual se tem que buscar uma compreensão no âmbito da totalidade da realidade que se pretende estudar. Tendo como referencial teórico a ontologia Marxiano-Luckacsiana discutiu-se acerca do trabalho, da reprodução e da educação, para se compreender a formação do ser social e o lugar que o trabalho ocupa no processo de hominização, até chegar à educação como uma das formas de reprodução do gênero humano. Continua-se a investigação traçando elaborações sobre a crise estrutural do capital e seu impacto na educação, na crise vivida hoje pela universidade pública e na produção científica no âmbito da pós-graduação. Conclui-se que o modelo de avaliação CAPES preza por critérios eminentemente quantitativos, os quais, além de inferir na qualidade do ensino na pós-graduação e nas produções científicas, têm fomentado o exercício do trabalho alienado dos professores-pesquisadores, culminando em um cotidiano adoecedor e pouco indutor ao desenvolvimento da ciência.&nbsp;</span></div><div style=""><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Avaliação. Produtivismo acadêmico. Professores-pesquisadores.</span></div>