Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dionísio, Débora Accioly |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83587
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Resumo: |
<div style="">O conhecimento, desde os primórdios, é aliado ao processo de sobrevivência e reprodução do ser social. O capitalismo inaugura um novo modo de produção, baseado na substituição dos valores de uso por valores de troca, consolidando a sociedade de classes e nesta, de acordo com Marx (1985) e retomado por Lukács (2013) e por Tonet (2013), vivemos uma relação reificada somente enquanto portadores de mercadorias, e só nos relacionamos enquanto tal. O conhecimento transfigura-se em mercadoria e o seu processo de produção e socialização torna-se refém do fetichismo, torna-se um campo fértil para atuação das forças internacionais do mercado, a exemplo do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Neste sentido, outros fenômenos coadunam-se com a mercantilização do espaço de ensino superior, como afirmam Mendes Segundo (2005), Sguissardi (2006) e Bianchetti (2015), e são eles: Publish or perish, na América do Norte e Inglaterra e o Processo de Bolonha, com os países membros da União Europeia. No Brasil, esse processo vem norteado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal (CAPES) com sua bandeira de financiamento às custas de produtividade substituída por produtivismo acadêmico. Utilizando o método materialistadialético, buscamos as apreensões históricas, políticas e sociais desse fenômeno. A pesquisa bibliográfica e documental contou com a análise do relatório trienal da CAPES, divulgado em 2014, e com bibliografia pertinente à temática, como Salvá (2014), Pimenta (2015), dentre outros. É possível constatar, a partir da análise de alguns documentos, que a quantidade de periódicos publicados não dialoga com o impacto social dessas publicações. O número de publicações, na área de educação no período de 10 anos, aumentou cerca de 100%, mas o índice de citações desses artigos em nível internacional, não atinge os 3%. Assim, como produto desse processo, as Universidades adequam-se à lógica da produção descartável e destrutiva, fenômeno que compreende o conhecimento fabril: alienado, deformado. Palavras-chave: Produtivismo acadêmico. Mercantilização do Ensino Superior. Publique ou Pereça. Processo de Bolonha.</div> |