Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SILVA, PAULO TÁRCIO ADED DA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83859
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">No presente trabalho, foram estudados os efeitos analgésicos de novos peptídeos sintéticos, desenvolvidos a partir da bioprospecção do peptídeo natural FFRR, isolado do veneno da serpente típica da caatinga Crotalus durissus cascavella, sobre testes de dor neuropática. O primeiro a ser desenvolvido foi o dFdFdRdR-NH2, um isômero amidado do natural FFRR. Os demais peptídeos sintéticos, obedeceram a fórmula geral d(F)n-d(R)n-NH2 onde 2 ≤ n ≤ 6. Todos apresentaram potente atividade analgésica por via intraperitoneal (i.p.), destacando-se o octapeptídeo dFdFdFdFdRdRdRdR-NH2 (Fenarg8) com potência 200% superior à morfina, quando comparada mol a mol, nos ensaios de dor neuropática de Hiperalgesia e Alodinia. Surpreendentemente, quando o FenArg8 foi administrado por via oral nesses ensaios de dor neuropática, também apresentou potente atividade analgésica, ou seja, cerca de 65% daquela da morfina. Nesses testes, o octapeptídeo apresentou duração dos seus efeitos em torno de quatro horas, com meia vida estimada de duas horas. Além disso, os efeitos analgésicos do FenArg8 não foram bloqueados pela naloxona, demonstrando que seu mecanismo de ação não envolve o sistema opióide, podendo-se assim, excluir os graves efeitos colaterais que ocorrem com a morfina, como os de dependência e depressão respiratória. Várias evidências sugerem que esses peptídeos podem atuar como Cell Penetrating Peptides (CPPs): i) possuem estruturas policatiônicas (argininas); ii) apresentam estruturas anfipáticas com aminoácidos apolares (fenilalaninas) e polares (argininas) e iii) possuem potentes ações analgésicas pelas vias intraperitoneal e oral, sugerindo que são bem absorvidos, atravessando, portanto, membranas celulares como fariam os CPPs. Concluindo, esses peptídeos também apresentam outras propriedades com grande potencial para o desenvolvimento de novos fármacos analgésicos: a) São pequenas moléculas (< 2.000 daltons) que podem ser sintetizadas de maneira fácil, rápida e pouco dispendiosa; b) Seus efeitos analgésicos por via oral podem ser potencializados por técnicas para aumentar a sua absorção, tais como através de lipossomos, nanopartículas, ciclodextrinas, polímeros</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mucoadesivos, inibidores enzimáticos, dentre outros; e c) Podem ser facilmente patenteados, inclusive no Brasil, por se tratarem de substâncias não-naturais.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Dor neuropática. Analgésicos sintéticos. Toxinas animais. Bioprospecção.</span></font></div> |