Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1977 |
Autor(a) principal: |
Mukuna, Kazadi Wa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=60750
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Resumo: |
<div style=""><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Durante os três séculos de atividade escravocratas, dos meados do século XVI até à última metade do século XIX, exercida principalmente pela coroa portuguesa e a monarquia holandesa, inúmeros membros de diferentes tribos da África ocidental foram introduzidos no Brasil para satisfazer a necessidade de mão-de-obra em explorações agrícolas e mineração. Entre eles há: a) o grupo Sudanês, composto pelos escravos vindos dos países africanos ocupando o cinto sudânico abaixo do deserto Saahara, notadamente Senegal, Guiné, Gana, Nigéria, Benin, etc.; b) a família Bantu, incluindo todos os escravos vindos do espaço geográfico iniciado ao sul do Gabão e terminando ao sul de Angola; e alguns outros, vindos de Moçambique e de certas partes de África do Sul. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Com cada grupo étnico foram transplantados para Novo Mundo elementos da respectiva prática cultural. Alguns desses elementos inseridos no estilo de vida brasileira variam desde os hábitos domésticos e sincretismos de culto, à literatura e manifestações artísticas, dentre as quais o patrimônio musical, que constitui o cerne da nossa tese. Esta última, em forma de <em>mise au point</em> sobre a contribuição africana na música brasileira, é dividida em três partes intercaladas: </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">A primeira parte, dedicada à redefinição do grupo escravo bantu, tem como ponto de partida empírico os elementos musicais dos Bantu detectáveis no estilo de vida brasileira em geral e na música popular em particular. Mas para se chegar a este ponto de elementos conhecidos, um pano fundo histórico esclarecendo a difusão das práticas culturais (estilo musical) entre os Bantu no vale do Zaire, e de relevante importância. Nesta parte trata-se também da migração interna dos Bantu e de seus descendentes no Brasil, durante a escravatura e/ou depois da abolição, dirigindo sua concentração regional neste país. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">A segunda é consagrada à detecção e análise dos elementos musicais (rudimentos e instrumentos) dos Bantu no estilo da música popular brasileira, e à determinação/identificação da tribo de origem destes elementos no vale do Zaire. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">A terceira parte se concentra na análise dos fenômenos psico-sociológicos que afetaram o nível formal dos portadores dos elementos culturais Bantu, como consequência das atividades escravocratas, dos quais surgiu a mutação conceptual dos elementos musicais, indo de concepção tradicional para o popular. Nesta parte trata-se também da persistência dos mesmos elementos musicais na memória seus portadores, e da sua continuidade no Brasil.</span></div> |