Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Lilian Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-15122011-112705/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objeto as condições sociais de produção da música popular no Rio de Janeiro nas três primeiras décadas do século XX e se desdobrou em três dimensões distintas: os significados culturais da música popular na sociedade da época, a organização do espaço de produção dessa música e as experiências profissionais de alguns músicos que se destacaram no período, como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Catullo da Paixão Cearense, Eduardo das Neves, Sinhô e Pixinguinha. O estudo sobre as representações que os escritores registraram em romances, contos, crônicas, palestras, críticas e artigos de jornal mostram certa ambigüidade nos significados atribuídos à música popular. Se por um lado esse universo de produção cultural revela-se, já no início do século XX, um espaço de produção de um bem simbólico que vai ser a base para a construção da auto-representação dos músicos como merecedores da admiração e consideração pública, por outro lado, não oferece uma base legítima para o reconhecimento social de seu valor pelos agentes da cultura dominante, que vão enfatizar a vaidade e a presunção desses músicos. Mas essa convicção definitiva de seu próprio valor sugere o início de uma transição na ordem estabelecida pela cultura legítima e que vai se tornar evidente apenas nas décadas seguintes. Ao mesmo tempo, o estudo do espaço de produção da música de divertimento mostra um universo pouco autônomo e pouco estruturado, mas com capacidade de oferecer diferentes tipos de recompensas aos seus músicos: recompensas materiais nos circuitos que concentram as novas mídias e eventos culturais de massa, como o Disco e o Carnaval, e recompensas simbólicas nos circuitos próximos aos espaços legítimos de produção cultural, como o Teatro e a Literatura. Este estudo pretende contribuir para o conhecimento do universo musical do período, ainda pouco explorado, bem como contribuir para a reflexão sobre os modos como os condicionantes desse universo foram vivenciados e agenciados de diferentes maneiras por alguns dos músicos mais famosos do período. |