DESENVOLVIMENTO DE HIDROGÉIS E MEMBRANAS COM AÇÃO CICATRIZANTE CONTENDO LECTINAS VEGETAIS EM MATRIZ DE GALACTOMANANA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOUSA, FELIPE DOMINGOS DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82329
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">As lectinas vegetais são proteínas capazes de se ligar reversivelmente a glicanos na superfície celular sem alterar a estrutura covalente desses ligantes. Devido a essa característica, essas moléculas têm efeito sobre as células, de forma a desempenhar tanto atividades inflamatórias como anti-inflamatórias, além de imunoestimulantes e imunomoduladoras. Neste trabalho as lectinas jacalina, frutalina, DAL e PNA foram submetidas a testes preliminares com cultura de fibroblastos de camundongos e humanos, a fim de evoluir no estudo dessas biomoléculas em cicatrização de feridas. Somente a frutalina demonstrou ação no ensaio de migração celular com fibroblastos normais de pele humana, e por isso, foi escolhida para a abordagem experimental in vivo utilizando camundongos. Frutalina não foi tóxica a fibroblastos em concentrações &#8804; 1mg/mL, demonstrou capacidade de interagir com o receptor TLR-4, foi capaz de induzir fibroblastos à produção de IL-6, que conjugado ao aumento da p-ERK pode estimular a proliferação destas células. Essas atividades da frutalina foram então exploradas em consórcio com hidrogéis e membranas esponjosas obtidas com galactomanana de Caesalpinia pulcherrima. A caracterização físico-química dos materiais obtidos demonstra que a lectina interage em meio líquido com a galactomanana de forma a aumentar o carácter pseudoplástico das soluções, reduzindo a viscosidade com o aumento da concentração. Além disso, por infravermelho, foi possível observar deslocamento da banda corresponde ao -OH (de 3350 para 3595 cm-1) presente na galactomanana, provocado pela interação da lectina com as unidades de galactoses presentes nas ramificações do polissacarídeo. As membranas obtidas apresentam porosidade com média de 100 &#956;m, característica importante na permeabilidade ao vapor de água também analisada neste trabalho. Os materiais foram testados em feridas induzidas em camundongos, pelo método excisional de tecidos (segunda intenção) e demonstram que concentrações de 100 &#956;g da lectina/g de hidrogel ou membrana são capazes de modular de forma favorável a regeneração dos tecidos lesionados. A aplicação dos materiais estimulou a angiogênese, proliferação de fibroblastos e queratinócitos, recuperando a área lesionada por completo, após 11 dias de tratamento. Os resultados sugerem a frutalina como biomolécula com propriedades a serem exploradas em formulações com destino à reparação de lesões teciduais ou mesmo feridas crônicas.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: fruta-pão, hidrogel, lectinas vegetais, cicatrização de feridas.</span></font></div>