Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Amóra, Sthenia Santos Albano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=54102
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O uso do controle biológico com fungos entomopatogênicos é uma alternativa viável </span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">para o controle do vetor da leishmaniose visceral (LV). Baseado no exposto, este estudo </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">objetivou uma investigação entomológica de flebotomíneos na cidade de Mossoró, Rio </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Grande do Norte, e sua relação com as variáveis ambientais, bem como avaliar os efeitos dos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">fungos Beauveria bassiana e Metharizium anisopliae var. acridum sobre os diferentes </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">estágios de Lu. longipalpis. Os flebotomíneos foram capturados mensalmente durante um ano, </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">no intra e peridomicílio das residências. A patogenicidade dos fungos sobre Lu. longipalpis, </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">foi avaliada em 5 concentrações de 1x104 a 1x108 conídios/mL, acompanhado do controle </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">negativo (Tween 80 0,05%) e controle positivo (cipermetrina 196 mg/mL). Os ovos nãoeclodidos, </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">larvas e adultos mortos expostos aos fungos foram semeadas para reisolamento </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">fúngico, análise dos parâmetros de crescimento e revalidação por PCR e seqüenciamento. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Foram capturados 7.347 flebotomíneos, 94% eram Lu. longipalpis. Somente a temperatura </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">influenciou negativamente a densidade populacional desses insetos. A infecção com B. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">bassiana reduziu em 59% a eclosão de ovos, ao passo que, M. anisopliae var. acridum </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">reduziu 40%. A mortalidade larvar dos flebotomíneos pós-infecção fúngica foi </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">significativamente aumentada e a longevidade dos adultos foi menor do que o controle </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">negativo (p < 0,001) para ambos os fungos. O efeito dos fungos sobre a eclosão dos ovos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">postos pelas fêmeas infectadas também foi significativo e inóculo- ependente (p < 0,05). </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Quanto aos parâmetros de crescimento fúngico pós-infecção, para B. bassiana apenas a </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">conidiogênese e esporulação foram significativamente maiores do que o fungo antes da </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">infecção (p < 0,001). Enquanto que, para M. anisopliae var. acridum somente o crescimento </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">vegetativo não foi significativo quando comparado ao fungo antes da infecção (p > 0,05). A </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">revalidação da identificação dos fungos reisolados foi confirmada pelo sequenciamento após a </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">infecção de todas as fases do inseto para B. bassiana e somente pós-passagem em adultos para </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">M. anisopliae var. acridum. Conclui-se que, Lu. longipalpis é o flebotomíneo predominante </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">em Mossoró. Além disso, B. bassiana foi eficaz contra Lu. longipalpis e no que se refere a </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">fecundidade de fêmeas infectadas com M. anisopliae var. acridum, os resultados foram </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">satisfatórios, demonstrando que o vetor da LV é susceptível à infecção com fungos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">entomopatogênicos. Consequentemente, o uso desses fungos nos programas de controle de </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">flebotomíneos poderá reduzir o uso de inseticidas químicos, resultando em benefícios para os </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">seres humanos e o ambiente. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Lutzomyia longipalpis. Sazonalidade do vetor. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Controle biológico do vetor. Fungos entomopatogênicos.</span></div> |