FATORES SOCIOECONÔMICOS COMO DETERMINANTES DA PRESENÇA DE SÍFILIS EM GESTANTES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: COELHO, GENI RODRIGUES LOIOLA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84065
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A sífilis demonstra um significativo desafio aos serviços de saúde pública em todo o mundo, com dificuldade de prevenção e controle, por estar associada a fatores sociais, econômicos e comportamentais. É a doença com maior taxa de transmissão vertical, apresentando como desfecho a sífilis congênita, a qual proporciona sequelas irreversíveis, com limitações para toda a vida. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados à presença de sífilis em gestantes usuárias do SUS em Fortaleza, Ceará, Brasil. Refere-se a um estudo caso-controle com parturientes, de casos prevalentes de sífilis, em quatro maternidades de Fortaleza, no período de março a outubro de 2014. O grupo de casos foi de gestantes que apresentaram teste sorológico positivo para sífilis, realizado durante o período de internação para o parto/aborto. O grupo controle foi de parturientes com sorologia negativa para sífilis, internadas no momento em que um caso foi identificado. Foram selecionadas748 gestantes, 250 eram casos e 498 eram controles. Excluídos 23 casos por não atenderem à definição de casos, ficou um total de 725 gestantes. Os dados foram obtidos por entrevista as parturientes. A variável dependente foi o resultado do VDRL positivo e as variáveis independentes foram: sociodemográficas, organização da família, socioeconômicas, comportamentais, pré-natal. Os dados foram analisados no programa STATA versão 13.1. A análise estatística utilizada constituiu-se do Teste de t Student e o Teste Qui-quadrado, verificando a associação entre variáveis independentes e positividade e não positividade do VDRL e regressão logística simples. As variáveis para compor o modelo de regressão logística múltipla foram realizadas para cada variável independente, um modelo de regressão logística múltipla com todas as variáveis que apresentaram um valor-p menor que 0,05 na regressão logística simples. As variáveis que apresentaram um valor-p menor que 0,05 nos cinco tipos de variáveis de regressão múltipla foram incluídas num modelo de regressão múltipla final. Do modelo de regressão das variáveis foi eliminada a variável que apresentasse o OR mais próximo de 1. Foi realizado o Teste de Razão de Verossimilhança para comparar o modelo de regressão com a variável eliminada com o modelo sem a variável. A média de idade das parturientes foi de 25 anos (DP=6,6), variando de nove a 48 anos de idade. Os principais fatores associados à sífilis foram: sociodemográfica – não nascer em Fortaleza (OR: 1,77; IC:1,09-2,89; p=0,02), escolaridade abaixo de 10 anos de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">9</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">estudo (OR: 2,62; IC: 1,78-3,84; p&lt;0,001). Socioeconômica – não ter água encanada no domicílio (OR: 2,9; IC: 1,24-6,82; p=0,014), morar em casas com até três cômodos (OR: 1,75; IC: 1,26-2,43; p=0,001) e posse de bens na falta das necessidades básicas. Comportamentais – número de três ou mais parceiros (OR: 2,97; IC: 1,78-4,96; p&lt;0,001), ter sexo com usuário de droga (OR: 2,27; IC: 1,46-3,53; p&lt;0,001), a gestante que fuma/bebe (OR: 2,89; IC: 1,8-4,62; p=0,001). Pré-natal – a gestante comparecer a menos de seis consultas no pré-natal (OR: 1,76; IC: 1,19-2,59; p=0,004). Nesse contexto, faz-se necessário investimento em políticas públicas direcionadas aos menos favorecidos economicamente, programas educacionais para aprimoramento do conhecimento da população sobre as DST e empenhos voltados para aperfeiçoamento da qualidade ao acesso ao pré-natal.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Sífilis. Gestante. Assistência Pré-natal. Sífilis Congênita. Fatores Socioeconômicos.</span></font></div>