CONCEPÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADOR EM TEMPOS DE CAPITALISMO FLEXÍVEL: UMA ABORDAGEM CRÍTICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANTOS, ANA CRISTINA BATISTA DOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Ufrn
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86751
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A tese trata de dois construtos sócio-históricos – Administração e Administrador – em face do capitalismo em</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sua fase flexível. Considerando as mudanças do capitalismo, o texto estabelece como objeto de estudo as</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">concepções de Administração e Administrador, para o campo administrativo, na contemporaneidade. A tese é</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">suportada por uma pesquisa de campo cujo objetivo foi compreender criticamente as concepções do campo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">administrativo sobre a Administração e o Administrador, em tempos de capitalismo flexível.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Epistemologicamente, a pesquisa foi conduzida a partir da perspectiva crítica frankfurtiana, fundamentada em</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">três pares categóricos dialéticos: (i) história versus naturalização; (ii) práxis social versus sistema; e (iii)</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">alienação versus emancipação; privilegiando o pensamento crítico vinculado à primeira geração da Escola de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Frankfurt. A literatura prevalente da área de Administração foi revisada mediada pelas duas questões ontológicas</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">que suportam a tese: O que é Administração? e O que é Administrador? para autores como Taylor, Fayol,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Drucker, Ohno, Deming, Champy e Mintzberg. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa integralmente</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">qualitativa, com uso de três tipos de entrevistas: (i) entrevista narrativa com história de vida; (ii) entrevista com</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">uso de elementos-estímulo; e (iii) entrevista narrativa ficcional. Para compreensão das narrativas, foi utilizada a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">técnica de análise hermenêutico-dialética. Os resultados indicam o predomínio da concepção pragmáticainstrumental,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">no tocante à Administração, pela qual ela continua a ser pensada e discursada como uma ação</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">tecnológica e teleológica, que utiliza saberes múltiplos e aprendizagens cambiantes como meios para</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">alcance das finalidades do contexto organizacional mutante. Com relação ao Administrador, há a emergência</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">da concepção estética para apresentá-lo, quando vinculado às organizações. Por esta concepção, há a migração</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">do histórico estereótipo do Administrador controlador e vigilante para a representação do Administrador como</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">um profissional performático. O segundo resultado, que se apresenta como o mais relevante em relação ao</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Administrador, é o da fuga da profissão. A partir dos pares categóricos dialéticos, esta tese propõe algumas</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sínteses provisórias críticas: (i) história-naturalização: os sujeitos tomam como naturais a organização</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">empresarial e suas demandas, naturalizando as recentes mudanças que, entre outras coisas, reduzem os postos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">gerenciais; (ii) práxis social-sistema: pela concepção pragmática-instrumental, as experiências dos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Administradores são concebidas a partir do confinamento funcionalista em uma organização-sistema; (iii)</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">emancipação-alienação: tanto a forma naturalizada com que especificam as organizações e sua Administração</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">quanto a práxis interrompida velada em uma experiência reificada mostram-se como fenômenos intrinsecamente</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">e subjetivamente alienantes e contraemancipatórios. Por outro lado, através do movimento de fuga da profissão,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">os entrevistados parecem (re)significar o silêncio fundador da alienação associada à condição de Administrador:</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">a de pensar como capital, e não se pensar como trabalho. Finalmente, o texto propõe que as possibilidades de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">emancipação deste profissional residem na tomada de consciência de sua condição como integrante da classe</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trabalhadora, mesmo em tempos de riscos e incertezas. Assumindo-se como trabalhador, o Administrador poderá</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">lutar pelo seu trabalho, repensando-o em novos termos, em que as dimensões pragmáticas-instrumentais que</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">envolvem sua profissão possam ser dosadas e sempre mediadas por conteúdos substantivos e emancipatórios.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Administração. Administrador. Capitalismo Flexível. Teoria Crítica.</span></font></div>