O devir das águas - o modo de vida dos moradores do Lago do Catalão em Iranduba-AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Deise Nilciane Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Amazonas
Brasil
UEA
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://ri.uea.edu.br/handle/riuea/1778
Resumo: Este trabalho analisa os modos de vida dos moradores da comunidade Lago do Catalão, localizada na confluência dos Rio Negro e Solimões, pertencente à jurisdição do município de Iranduba - AM. A análise das dinâmicas sociais no mundo do trabalho e da relação com o lugar são a via para evidenciar os saberes construídos nestes modos de vida. Esta comunidade é formada por casas flutuantes instaladas entre os paranás que se formam entre as restingas de uma região conhecida como boca do Catalão. Os modos de vida são marcados de múltiplas formas de adaptabilidade dos moradores ao ambiente físico em virtude do regime de vazante e enchente que caracteriza este espaço como várzea. O percurso metodológico teve como fundamento teóricos os estudos sobre comunidades ribeirinhas na Amazônia com vista a evidenciar a diversidade epistemológica existente nos seus modos vida. Deste modo, fizemos uso da observação direta, entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos, caderno de campo. Os resultados revelaram características relacionadas ao ambiente físico como, por exemplo, s flutuantes, durante todo o ano, precisam ser posicionados refletindo a plasticidade do morador sobre o espaço. Os ciclos hidrológicos representados pelos períodos de cheia e de vazante modulam a intervenção humana na paisagem, a que chamamos de devir das águas. O estudo evidenciou que os saberes ligados ao ambiente é prova da diversidade epistemológica que se distingue em seu cerne do paradigma unificado da ciência moderna, evidenciou também que estes modos de vida são tangenciados continuamente por tensões que envolvem a possibilidade do trabalho marcado pelo regime de enchente e vazante dos rios e pela ideia de futuro que os moradores desejam.