Ribeirinhos urbanos: modos de vida e representações sociais dos moradores do Puraquequara

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Coelho, Roberta Ferreira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6518749034599659
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2331
Resumo: O Puraquequara bairro da zona leste de Manaus, desde 1995 vivenciou, a partir da década de 1970, um conjunto de modificações econômicas, sociais e culturais, desencadeado pela migração de seus habitantes da área de várzea para a terra firme. Com isso, o modo de vida dos moradores construído em torno da solidariedade, das relações de ajuda mútua, da agricultura, da pesca, da caça e da criação animal passa a ceder espaço à edificação de novas formas de produção e reprodução da vida material e simbólica, pautadas nos valores urbanos, na dinâmica da cidade e no habitus da vida urbana. A pesquisa tem como objetivo perceber como essas modificações ocorreram e como os ribeirinhos urbanos constroem as suas vidas estando no espaço fronteiriço entre mundo rural e mundo urbano. Assim, a investigação buscou apreender as representações sociais dos moradores por meio da realização de entrevistas com antigos moradores e com aqueles que ainda desenvolvem atividades profissionais ligadas ao mundo rural, denominados neste estudo como ribeirinhos urbanos, em razão da condição paradoxal por eles vivenciada, ou seja, exercem atividades profissionais rurais, mas vivem num espaço urbano. Observou-se que, na Vila do Puraquequara, muitos moradores desenvolvem atividades eminentemente urbanas, ligadas ao comércio, à indústria, à construção civil, ao funcionalismo público etc. Com relação às atividades rurais, existe ainda um grupo significativo de moradores que as desenvolve, estando vinculados, majoritariamente, à pesca. No que se refere a esse grupo social os ribeirinhos urbanos é possível perceber que a ligação com o mundo do trabalho é um dos elementos mais significativos para sua identificação com o mundo rural. O estudo revela que a relação com o mundo do trabalho, o desenvolvimento de atividades culturais e religiosas, como a Festa de São Sebastião, ajudam a manter vivo o espírito da vida na várzea o habitus da vida rural.