Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luciellem dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16987
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Resumo: |
Esta pesquisa apresenta uma reflexão sobre procedimentos de atuação com foco em uma atuação por estados, e relaciona isso com a noção de inumeráveis estados do ser proposto pela médica psiquiatra brasileira Nise da Silveira. A atuação por estados é uma prática que se desenvolveu na cena argentina e é realizada desde 2007 no laboratório ÁHQIS - Núcleo de Pesquisas sobre Processos de Criação Artística - coordenado por André Carreira. Já o termo inumeráveis estados do ser foi cunhado por Nise da Silveira a partir de uma frase de Antonin Artaud, a saber: “O ser tem estados inumeráveis e cada vez mais perigosos”. Artaud se referia as sensações que tinha ao ver a pintura do surrealista Victor Brauner e assim, Silveira transforma a visão de um artista sobre a obra de outro artista num conceito operacional para sua prática médica. Os inumeráveis estados do ser propõem à desconstrução da visão tradicional sobre as psicopatologias para pensar estas de maneira não generalista, mas atentas aos modos variados que um corpo pode se apresentar aos outros. A atuação por estados também sugere uma desconstrução da tradicional atuação quando procura se distanciar da representação de personagens deslocando-se para uma experiência na materialidade corporal do ator e da atriz por meio de estados despertados para situações de jogo. Essa busca é um desejo por atingir intensidades extra cotidianas, ao se aproximar do desejo humano da expressão dos inumeráveis estados do ser conscientes e inconscientes. As relações que farei do teatro com a psiquiatria não pretendem ser clínicas e sim com perspectivas estéticas e poéticas. Leio a obra de Silveira como artista, não como uma profissional da saúde mental. Para tanto foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os materiais já escritos sobre esse assunto e também uma pesquisa de campo no Instituto Municipal Nise da Silveira/RJ |