Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Dazuk, Vanessa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15184
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Resumo: |
As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários produzidos por fungos filamentosos. As diversas espécies de micotoxinas são consideradas uma preocupação mundial quanto a saúde humana e animal. Na cadeia produtiva animal, as micotoxicoses prejudicam a produtividade dos animais. É preciso buscar alternativas que sejam capazes de minimizar os efeitos tóxicos das micotoxinas, por meio de ingredientes adicionados a alimentação com efeitos hepatoprotetores, de adsorção e inativação das toxinas. Desta forma, o objetivo foi determinar os impactos das micotoxinas aflatoxina B1 (AFLB1), T2 e fumonisina B1 (FB1), na produção avícola e de suínos, assim como verificar os efeitos da adição de biocolina vegetal (BV) e um adsorvente à base de lisado de Saccharomyces cerevisiae (LSC) na dieta contaminada desses animais. Para isso, foram realizados três experimentos distintos. No experimento 1, foram utilizadas 64 galinhas poedeiras, divididas em grupo controle T1 (alimentadas com ração basal), grupo T2 (ração basal suplementada com 800 mg/kg de BV), grupo T3 (ração basal contaminada com 2.5 mg/kg de AFLB1) e grupo T4 (ração com 800 mg/kg de BV+ 2.5 mg/kg de AFLAB1). O foco dessa pesquisa foi parâmetros de composição físico-químico de ovos, contagem bacterina total nos ovos (CBT), saúde das aves e desempenho zootécnico. A ingestão de aflatoxina reduziu a taxa de postura das galinhas e a BV não foi capaz de minimizar esse efeito negativo, porém a BV teve efeitos positivos na saúde das galinhas e melhorou a qualidade dos ovos através da ação antioxidante e antimicrobiana. No experimento 2, utilizamos 60 galinhas poedeiras, divididas em grupo NoC (ração basal sem contaminação experimental por micotoxinas, grupo C+ (ração contaminada com 4 ppm de T2 e 20 ppm de fumonisina), grupo C+D500 (ração contaminada com 4 ppm de T2 e 20 ppm de fumonisina + 500 g/ton de LSC, grupo C+D1000 (ração contaminada com 4 ppm de T2 e 20 ppm de fumonisina + 1000 g/ton de LSC e grupo C+D500+U100o (ração contaminada com 4 ppm de T2 e 20 ppm de fumonisina + 500 g/ton de LSC + 1000g/ton Uniwall MOS 25 (ácidos orgânicos, parede celular de levedura e carier mineral). O consumo de ração foi menor nas galinhas que consumiram a ração contaminada pelas micotoxinas. O uso de LSC minimizou os efeitos negativos da micotoxina sobre a taxa de conversão alimentar. As galinhas que ingeriram micotoxinas apresentaram menor resistência e espessura da casca quando comparadas ao NoC. A concentração sérica de espécies reativas de oxigênio foi maior nas galinhas que ingeriram micotoxina apenas no dia 84 em comparação ao NoC. A atividade sérica da glutationa S-transferase foi maior no dia 56 nas galinhas C+D500 e C+D1000 em comparação com outras. Concluímos nesse experimento que o consumo de micotoxinas prejudicou o desempenho e a qualidade dos ovos das galinhas, assim como a adição do lisado de S. cerevisiae e o combinado de outros ingredientes (ácidos orgânicos, a parede celular de leveduras e o transportador mineral) minimizaram alguns efeitos negativos causados por T-2 e FB1. No experimento 3, utilizamos 72 leitões, desmamados com média de 26 dias, divididos em quatro grupos com seis repetições cada. Os tratamentos foram: Afla0Bio0 – (sem aflatoxina e sem biocolina); Afla500Bio0 – (500 ppb de aflatoxina); Afla0Bio800 – 800 mg/kg de biocolina; Afla500Bio800 – 500 ppb de aflatoxina + 800 mg/kg de biocolina. O estudo avaliou o desempenho zootécnico (ganho de peso - GP, consumo de ração – CR e conversão alimentar - CA). Amostras de sangue foram coletadas nos dias 0, 10, 20, 30 e 40 do experimento, assim como foram abatidos 24 animais aos 30 dias do experimento para a coleta de fígado, baço e porção do intestino para análise histopatológica. A suplementação com VB na dose usada, nessa fase de creche, teve efeito positivo nos primeitos 10 dias quando consumida por leitões desafiados com AFLB1, mas de modo geral interferiu no desenvolvimento dos leitões quando consumido. Consumo da aflatoxina aumentou atividade das enzimas AST e ALT no soro, assim como uma maior contagem de neutrófilos, menores níveis de triglicerídeos sérico e variáveis de estresse oxidativo tecidual. Muitos dessas alterações foram evitadas e/ou minimizadas pelo consumo de BV, caracterizada por um potencial antioxidante em animais desafiados com aflatoxina B1. Nesse estudo verificamos efeitos positivos da ingestão de BV sobre a saúde dos leitões, mas negativo sobre o desempenho. De maneira geral, concluímos que as micotoxinas prejudicam o desempenho e saúde animal, e que os aditivos aqui estudados podem ser uma alternativa promissora para minimizar estes impactos negativos na produção animal. |