Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Franciele Conceição |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20707
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Resumo: |
O câncer ginecológico e o seu tratamento comprometem de forma significativa a população feminina. Dentre as sequelas físicas que afetam as sobreviventes, a estenose vaginal é uma das mais importantes, prejudicando a função sexual, além de dificultar a realização de exames ginecológicos de rotina. A presença de disfunções sexuais após o câncer ginecológico impacta negativamente a qualidade de vida. Objetivo: Desenvolver e avaliar os efeitos da aplicação de um protocolo fisioterapêutico com massagem perineal, dilatadores vaginais e cinesioterapia para o assoalho pélvico sobre a qualidade de vida, função do assoalho pélvico e comprimento do canal vaginal de sobreviventes ao câncer ginecológico. Métodos: Participaram do estudo 34 mulheres maiores de 18 anos, com diagnóstico de câncer ginecológico (colo de útero, endométrio, ovários, vulva e vagina) classificado como tumor primário, com no mínimo 12 meses de conclusão do tratamento oncológico e que apresentaram diminuição no comprimento do canal vaginal (tamanho menor que 8 cm de comprimento), caracterizando a estenose vaginal. Foram realizadas duas avaliações, antes (A1) e após a intervenção (A2), por meio dos seguintes instrumentos: ficha de identificação e questionários de qualidade de vida (FACT-G e FACT-Cx). Além destes, as participantes foram submetidas a exame físico ginecológico específico antes e após a intervenção por meio de toque bidigital para avaliar a função do assoalho pélvico, inspeção da região genital e mensuração da estenose vaginal com dilatadores de silicone. O protocolo de intervenção foi aplicado por 50 minutos, uma vez por semana, durante dez semanas, sendo composto por massagem perineal, dilatação progressiva do canal vaginal com dilatadores vaginais e cinesioterapia para o assoalho pélvico. Para análise dos dados foram realizados os teste-t para amostras pareadas ou teste de Wilcoxon, na comparação do comprimento do canal vaginal, função do assoalho pélvico e qualidade de vida, adotando-se 0,05 para significância estatística. Resultados: Concluíram o protocolo de reabilitação 21 participantes, com média de idade de 54 anos (DP ± 12,87) e tempo médio desde o término do tratamento oncológico de 5,42 anos (DP ± 3,63). Foi observado aumento do canal vaginal e melhora da função dos músculos do assoalho pélvico antes e após aplicação do protocolo (p<0,001), sendo que 14 participantes (66,7%) apresentaram resolução da estenose vaginal. A comparação das médias dos escores do questionário FACT-G e seus módulos Social, Funcional, Físico, e adicional do FACT-Cx mostrou melhora com diferença significante. Conclusão: A aplicação do protocolo de intervenção fisioterapêutico proposto mostrou benefício no tratamento da estenose vaginal, proporcionando aumento do comprimento do canal vaginal, assim como melhora da função dos músculos do assoalho pélvico e qualidade de vida de sobreviventes ao câncer ginecológico. |