Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Joyce Pereira da |
Orientador(a): |
FERREIRA, Caroline Wanderley Souto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49576
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Resumo: |
A presente pesquisa teve como objetivo: avaliar os músculos lombo-pélvicos, dor pélvica, função urinária, evacuatória, sexual e qualidade de vida em mulheres com endometriose. Para isso foi realizado um estudo de corte transversal (parecer número: 4.627.309, CAAE: 42943621.0.0000.5208), de agosto de 2021 a agosto de 2022, no departamento de fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco, com amostra calculada de 92 mulheres com endometriose, que foram avaliadas quanto ao perfil sociodemográfico e clínico (sintomas ginecológicos, urinários, evacuatórios e sexuais); qualidade de vida; dor pélvica, funções sensoriais, musculares e eletromiografia do assoalho pélvico; amplitude de movimento de flexão, extensão e inclinação lateral da coluna lombar; e existência de pontos gatilhos nos músculos lombo-pélvicos (glúteo médio, isquiostibiais, reto femoral, piriforme, iliopsoas, adutores, quadrado lombar). Observou-se que a idade média foi 33,7±6,95 anos e a mediana do IMC de 26,45(24,4-31,5)Kg/cm2, 44,6% das mulheres era casada, a maioria possuía mais de 12 anos de estudo (53,3%), apresentava dismenorreia (96,7%), nunca engravidou (58,7%), relatou noctúria (71,7%), apresentou constipação intestinal (73,9%); tinha transtorno da dor gênito- pélvica/penetração (98,9%), sentia dor pélvica (97,8%), distribuída entre dor no ventre (95,6%), dor lombar (80%) e dor no períneo (35,6%), sendo relatada dor intensa, em pelo menos uma dessas regiões, em 76,7%.Também apresentaram amplitude de extensão do tronco reduzida (97,8%) e pontos gatilhos na musculatura lombo-pélvica (98,9%). Quanto ao músculo levantador do ânus, 93,4% apresentaram dor à palpação, 83,3% tônus aumentado e 63,2% não conseguiam contraí-lo de forma isolada. A qualidade de vida estava prejudicada, principalmente nos domínios controle e impotência, relações sexuais e infertilidade. Ademais foram observadas associações significativas (p≤0,05) entre a intensidade da dor pélvica e a disúria, esforço para evacuar, menos de 3 evacuações por semana, constipação intestinal e pontos gatilhos no músculo piriforme esquerdo, também entre a intensidade da dor pélvica na região do ventre, pontos gatilhos dos músculos piriformes direito e esquerdo e duração do ciclo menstrual. E ainda entre a intensidade da dor lombar, sintoma de fezes endurecidas e ressecadas, disúria e ausência de pensamentos e fantasias sexuais. Concluindo que as mulheres com endometriose apresentaram alterações musculoesqueléticas, dor pélvica intensa, sintomas urinários e evacuatórios, disfunção do assoalho pélvico, prejuízo na qualidade de vida e na atividade sexual. |