Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Vilela, Verdi Lazaro Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17393
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Resumo: |
Esta dissertação tem com objetivo desenvolver um mapeamento de ativismo e aquilomamento de marcas contemporâneas antirracistas de moda Afro-brasileira, identificando importantes estratégias de (re)existência por elas agenciadas, sobretudo a partir da experiência de campo realizada na eximia marca antirracista Zkaya. Para tanto, o trabalho aborda teoricamente a estreita relação entre Moda eurocêntrica ocidental e Modernidade à luz de autores como Michetti (2012), Sant’Anna (2007), Crane (2006), Lipovetsky (2009); as implicações históricas e socioculturais da colonização do corpo [negro] com o aporte de autores como Quijano (2005), Hall (2013), Novelli (2014), Curiel (2019), Almeida (2019), ao discutir raça e colonização e problematizar como agem as estruturas de poder sobre povos minorizados, relacionando ainda essas estruturas aos preceitos ideológicos da moda no sentido moderno a partir de Katz (2012), Aires (2019), entre outros. Deste modo, compreende-se também que mesmo estruturas de poder tão cristalizadas não são capazes de conter a (re)existência ao sistema dominante e por isso busca-se mapear como marcas de moda Afro-brasileira resistem, sem essencializar a moda Afro-brasileira segundo apontamentos de Santos e Vicentini (2020) e Vidal e Arruda (2020) e identificar sua pluralidade no cenário contemporâneo nacional, bem como sua relação com o ativismo e o slow fashion no Brasil. Depois do estudo investigativo a respeito da moda Afro-brasileira, com o intuito de colocar em perspectiva métodos e processos da marca em questão, segue-se para metodologias projetuais de desenvolvimento de produto, relacionando a partir de Bona (2019) as três principais fases do design (analítica, criativa e executiva) com metodologias projetuais de moda propostas por Treptow (2013) e Sanches (2017), de modo a reafirmar pontos convergentes entre elas; abordagens criativas e metodologias de design, tais como a abordagem do design centrado no usuário e sua posterior reconfiguração por meio do design emocional de Norman (2006, 2008); a transdisciplinaridade e o design transcultural de Lin (2007) e Azevedo e Giuliano (2017); a mandala transrelacional de Benz (2014); o design socialmente responsável de Cipolla e Bartholo (2014) e a co-criação de Lee et al. (2018). Em relação à sua finalidade, e seguindo os protocolos do PPGMODA/UDESC, a presente pesquisa é classificada como aplicada, sendo qualitativa quanto à abordagem do problema e descritiva quanto à abordagem do objetivo. Em seus procedimentos técnicos e ferramentas de coleta de dados, utiliza-se de pesquisa bibliográfica em livros, artigos, dissertações e teses; pesquisa documental em arquivos da empresa e em fontes provenientes de mídias sociais, como vídeos, matérias jornalistas, entrevistas publicadas, postagens de perfis no Instagram, sites, podcasts; levantamento por meio de entrevistas semi-estruturadas e/ou estruturadas com a proprietária e designer da marca Afro-brasileira Zkaya e demais interessados, aplicação de questionários semi-estruturados e/ou estruturados presenciais e/ou online; pesquisa-ação, realizada por meio de inserção da pesquisadora no universo e no ateliê da marca, em estreita associação com a resolução de um problema coletivo, onde pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo; “Escrevivencia”, seguindo Evaristo (2020). Por fim, após todas as investigações, a pesquisa contribuiu de forma prática para a compreensão de como Aquilombamento, Educação e Empoderamento são importantes ferramentas de manutenção da (re)existência, bem como da urgência dos estudos raciais nos discursos da Moda sustentável e da nomeação da Moda europeia (a norma) como Moda colonizadora. |