Ação criativa, problematização e pensamento crítico na EJA: um estudo sobre a produção de fissuras decoloniais na educação musical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Rafael Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18023
Resumo: Esta pesquisa de doutorado tematizou a participação e papel de mulheres e homens estudantes da Educação de jovens e adultos em processos de aprendizagem musical e a mobilização do pensamento crítico na aprendizagem criativo-musical, com o objetivo de investigar como a ação criativo-musical pode produzir fissuras decoloniais na estrutura pedagógica de aulas de música na escola. O referencial teórico foi construído articulando a aprendizagem criativa, como abordagem que relaciona a criatividade com as situações de aprendizagem na aula de música, a colonialidade, como elemento intrínseco que estrutura relações na sociedade e na educação brasileira, e a pedagogia crítica de Paulo Freire, enquanto pedagogia decolonial. A metodologia está ancorada na Investigação-Ação Participativa. O desenho metodológico previu a imersão do pesquisador no contexto de primeiro segmento da EJA para 1) investigar o universo temático; 2) atuar como professor-pesquisador desenvolvendo projetos criativo-musicais problematizadores; 3) conduzir entrevistas narrativas individuais, com foco na experiência criativo-musical vivenciada. Os resultados apontaram que a ação criativo-musical problematizadora, em situações de aprendizagem musical, pode atuar produzindo fissuras decoloniais em dois pilares da estrutura pedagógica bancária/colonial: no pilar do autoritarismo, sustentado na verticalidade da relação pedagógica, produz as fissuras colocando as pessoas e seus saberes musicais noutro papel na sala de aula, ativo e autônomo, numa estrutura pedagógica horizontal e participativa. No pilar bancário/colonial da alienação, as fissuras se relacionaram com a oportunidade das pessoas de criar, ampliar e recriar suas maneiras de ver e se relacionar com a música. A partir dos processos criativo musicais problematizadores vividos nas aulas de música, as pessoas tiveram suas concepções e formas de relação com a música transformadas e ampliadas, aumentaram seus conhecimentos e argumentos sobre a música e sobre sua realidade.