Memórias clandestinas: Black Panthers (1968), um filme de Agnès Varda e outras imagens dialéticas, entre o cinema e o teatro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Coral, Mariana Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15389
Resumo: A pesquisa parte da análise do cinema de Agnès Varda; em particular, do documentário Black Panthers (1968), dirigido pela cineasta belga como um documento histórico e ficcional sobre o Partido dos Panteras Negras para Autodefesa. Durante a pesquisa, na dialética entre o cinema de Agnès e os Panteras Negras, pude destacar o legado estético e utópico do filme Black Panthers (1968). Ao analisar este vestígio comunicacional e histórico assim como também a obra artística, deparei-me com um vasto sistema alegórico e simbólico. O conceito “memória clandestina” do sociólogo austríaco Michael Pollack situa-se como inspiração e pano de fundo para lidar com a película e outras questões que problematizam minha própria pesquisa artística, enfatizando a questão da memória. Neste caminho, não me afasto de meu olhar de atriz, dramaturga, produtora e, especialmente, de diretora teatral. O gesto épico de Bertolt Brecht é uma das fontes de minhas indagações e interlocuções, assim como a “imagem dialética” de Walter Benjamin. Realizo uma travessia que inicia-se com informações históricas ligadas à cineasta Agnès Varda e ao Partido dos Panteras negras para Auto-defesa. No segundo capítulo, analiso alguns fotogramas do filme; e, no terceiro capítulo, recorro a algumas imagens externas a fim de aprofundar as questões básicas que me guiaram através das memórias clandestinas de meus próprios trabalhos e das imagens dialéticas, que fornecem parâmetros para compreender processos de construção e enquadramento da imagem, ampliando a pesquisa para minhas experiências minhas de encenação teatral. O filme de Agnès Varda serve como trilha para realizar essa travessia em diálogo com o filósofo alemão Walter Benjamin e o sociólogo e historiador austríaco Michael Pollack. Além disso, outros autores como Achille Mbembe, Grada Kilomba, Glória Anzaldúa, Bertold Brecht e Fátima Costa de Lima contribuem para refletir sobre se as dialéticas das imagens e dos gestos seja de Agnès Varda seja dos Panteras Negras colaboram para a revolução social ou são reproduções esvaziadas de combustão – uma última questão chave desta dissertação.