Biometria, teste de tetrazólio, dormência e tolerância à secagem de pirênios de Trithrinax acanthocoma Drude

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Carolina Rafaela Barroco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16941
Resumo: Trithrinax acanthocoma Drude, palmeira de ocorrência no sul do Brasil, em decorrência da fragmentação de seu habitat está listada como vulnerável. Ações com a finalidade de conservação das espécies dependem do conhecimento sobre elas; no entanto, informações sobre T. acanthocoma, como estudos relacionados à tecnologia e à fisiologia de seus pirênios, são escassas. Objetivou-se avaliar aspectos relacionados à biometria, viabilidade, dormência e tolerância à dessecação de pirênios de T. acanthocoma, com o intuito de gerar informações que permitam a conservação da espécie. Para tanto, a dissertação foi subdividida em quatro capítulos. No Capítulo 1: objetivou-se descrever a biometria dos frutos e pirênios. Os frutos de T. acanthocoma apresentam formato globoso, com diâmetros longitudinal e equatorial médios de 25,72 mm e 24,76 mm, respectivamente, com peso médio de 7,49 g e massa fresca e seca de 5,85 g e 2,30 g. A polpa corresponde a 60% do fruto, com 82 frutos/kg. Os pirênios também apresentam formato globoso, com diâmetros longitudinal e equatorial médios de 17,03 mm e 15,58 mm, com peso médio de 3,84 g, 41,71% de teor de água, e corresponde a 39% do fruto, podem ser considerados grandes, com peso de mil pirênios de 2,54 kg e 315 pirênios/kg. No Capítulo 2, foi descrita a anatomia dos embriões e desenvolvida metodologia para condução do teste de tetrazólio. Para anatomia, os embriões foram incluídos em metacrilato e corados com azul de toluidina. O embrião é indiviso, oblongo e lateral, distinguindo-se em duas regiões: o pecíolo cotiledonar, onde está localizado o eixo embrionário, e o haustório, No teste de tetrazólio, após a embebição por 12 horas e a extração, os embriões foram submetidos a duas concentrações (0,1% e 0,2%) de cloreto de tetrazólio, durante 6 horas na ausência da luz, a temperatura de 25 °C. Para a avaliação da viabilidade de pirênios de T. acanthocoma recomenda-se a concentração de 0,1%, por seis horas. No Capítulo 3, objetivou-se avaliar a(s) causa(s) da dormência em pirênios de T. acanthocoma. Para isso, foram realizados os testes: absorção em azul de metileno de pirênios íntegros e escarificados (dormência física); bioensaio em sementes de alface (dormência fisiológica) e análise dos embriões (dormência morfológica). Foi realizado, ainda, testes histoquímicos para avaliar a presença de lipídios, lignina e compostos fenólicos. Na embebição em azul de metileno, ocorreu a absorção apenas em pirênios escarificados. Os bioensaios com sementes de alface não detectaram a presença de inibidores solúveis em água, porém foi possível quantificar fenóis nos pirênios. Na avaliação histoquímica, foram observados lignina, lipídios e fenóis, e na avalição morfológica o embrião apesar de apresentar estruturas como plúmula e cavidade cotiledonar, é muito pequeno em relação ao endosperma, o que sugere que o embrião é subdesenvolvido. Conclui-se que as causas de dormência de pirênios de T. acanthocoma é física e possivelmente fisiológica e morfológica. No Capítulo 4, foi determinada a tolerância à dessecação e ao armazenamento, por meio do protocolo proposto por Hong e Ellis, e os teores de água crítico e letal dos pirênios, sendo utilizadas secagens rápidas em estufa e sílica gel, e lenta em cloreto de magnésio (MgCl2). Os pirênios, com teor de água inicial de 40,9%, foram secos até 20,9%, com gradientes de 2%. Pirênios de T. acanthocoma são classificados como recalcitrantes, e o teor de água crítico é atingido com 32,9% e o letal a 28,9%.