Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nora, Luisa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17931
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Resumo: |
A criação de bezerras é um dos principais desafios da bovinocultura de leite devido a fragilidade imunológica que possuem nas primeiras semanas de vida. É de extrema importância adotar métodos que proporcionem melhores condições imunes, já que se encontra imunologicamente incompetente, e a ocorrência de doenças será maior e seu desenvolvimento será diretamente afetado. Com isso, objetivou-se avaliar se uso de óleos essenciais de orégano, canela e eucalipto fornecidos como um blend a bezerros lactentes proporcionam melhorias de desempenho e saúde, bem como a redução da incidência de diarreia e alterações benéficas na composição da microbiota intestinal. Foram conduzidos dois estudos. No primeiro estudo foram utilizados 16 bezerros holandeses (dez dias de idade) aleitados por 60 dias. Foram divididos em dois grupos (n=8 cada), sendo controle (CONTROL) que recebeu sucedâneo comercial, e tratamento (PHYTO), que recebeu sucedâneo reformulado contendo o blend. Os animais foram aleitados duas vezes ao dia com 0,25 kg de sucedâneo diluído em dois litros de água a cada aleitamento. O sucedâneo do grupo tratamento continha 5g/kg de aditivo. Os bezerros também receberam concentrado peletizado desde o início do experimento e feno picado a partir dos 28 dias (ambos ad libitum). O grupo tratamento apresentou maior ganho de peso e eficiência alimentar, contagem menor de linfócitos, maiores níveis de proteínas totais, e aumento das globulinas. A imunoglobulina A sérica e as imunoglobulinas de cadeia pesada foram maiores no grupo tratamento, e também foram constatados menores níveis de peroxidação lipídica e maiores antioxidantes totais no soro de bezerros do grupo tratamento. No segundo estudo foram utilizados 24 bezerros da raça Holandês, os animais foram aleitados por 60 dias, e depois acompanhados por mais 15 (total de 75 dias). Foram divididos em grupo controle (n=12) e tratamento (n=12), ambos receberam sucedâneo comercial e concentrado peletizado de forma ad libitum. O grupo tratamento teve o blend adicionado ao sucedâneo duas vezes ao dia nas dosagens de 5 mL/aleitamento nos primeiros 15 dias e 10 mL/aleitamento até o dia 60. O grupo tratamento apresentou melhor conversão e eficiência alimentar, menor contagem de leucócitos e linfócitos e maior concentração de colesterol. Foi observado que os níveis de imunoglobulina A, ceruloplasmina e transferina também diferiram, beneficiando o grupo que recebeu o blend, assim como a enzima antioxidante glutationa S-transferase. Nesse segundo estudo foi avaliada a composição da microbiota intestinal e observou-se que não apresentou diferença entre os grupos, mas constatamos que gêneros Acinetobacter, Pseudomonas e Psychrobacter foram os três mais abundantes. E o blend de óleos não diminui a população de E. coli e Clostridium spp. Concluímos que o fornecimento conjunto desses óleos essenciais melhorou as respostas imunes humorais, minimizaram o estresse oxidativo fisiológico e, consequentemente, melhoraram o crescimento e o desempenho. No entanto, essas alterações não estão relacionadas a mudança da microbiota intestinal. |