O direito à propriedade e a sua função socioambiental: análise a partir da desapropriação e as cifras verdes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Alves, Nathalia Lizier da Silva
Orientador(a): Fernandes, Alexandre Cortez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/11338/14359
Resumo: A partir da Função Social da Propriedade, consagrada na Constituição Federal de 1988, este estudo analisa sua dimensão ambiental como requisito essencial ao exercício do direito de propriedade no Brasil. Destaca-se a intrínseca relação entre propriedade e meio ambiente, ressaltando a necessidade de um uso sustentável dos recursos naturais para garantir um ambiente ecologicamente equilibrado. A natureza é abordada como forma de apropriação dentro das codificações e do Código Civil de 2002, considerando a titularidade jurídica da propriedade e sua repercussão na proteção ambiental, produtividade agrícola e desenvolvimento econômico. Nesse contexto, a desapropriação sancionatória se revela um instrumento fundamental para garantir o cumprimento da função ambiental da propriedade, coibindo práticas degradantes e promovendo a sustentabilidade. Além disso, discute-se o combate às cifras verdes-crimes ambientais subnotificados às autoridades-como estratégia essencial para enfrentar disputas agrárias e reduzir a violência no campo. Essas disputas evidenciam a tensão entre o direito de propriedade e a reforma agrária, gerando impactos socioambientais significativos. Assim, a função ambiental da propriedade é apresentada como um desdobramento direto de sua função social, garantindo não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a preservação dos recursos naturais para as futuras gerações. O estudo busca demonstrar que o exercício do direito de propriedade deve estar alinhado à justiça socioambiental, prevenindo conflitos e assegurando um equilíbrio sustentável entre produção, território e meio ambiente. [resumo fornecido pelo autor]