Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Seerig, Elisa |
Orientador(a): |
Zinani, Cecil Jeanine Albert |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/11338/5063
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Resumo: |
O presente trabalho investiga a personagem Lily Frankenstein, da série televisiva Penny Dreadful (2014-2016), como desdobramento da criatura feminina apenas idealizada por Victor Frankenstein e seu primogênito, na obra literária Frankenstein (1818), de Mary Shelley, a partir de pressupostos da crítica feminista. Para tanto, verificamos o contexto histórico de produção da última, que serve de pano de fundo para a série, e que também constitui um período importante para as lutas feministas. Para situar o romance de Shelley como figura importante da crítica de gênero, percorremos a trajetória de discussões já promovidas a partir dele. Devido ao processo de transposição do gênero literário para o gênero televisivo, verificamos também a intertextualidade existente entre o romance e sua adaptação para a televisão; desse modo, procuramos ponderar acerca da relevância de interagir, ainda hoje, com a obra literária original. Dentro do contexto em que a narrativa de TV acontece, verificamos os aspectos mais salientes relacionados à personagem, a saber, a prostituição e a monstruosidade, sendo esse último vinculado ao gênero de horror a que a série se propõe. Sob o viés da crítica feminista, norteamos a discussão a partir de Donna Haraway (2009), não sem situar outras aproximações teóricas possíveis, como Rosi Braidotti (1994) e Simone de Beauvoir (1980), de modo a perceber Lily Frankenstein como figura inovadora dentre as adaptações de Frankenstein e também como elemento relevante para as atuais perspectivas feministas. Argumentamos que Lily aproxima-se do conceito de ciborgue proposto por Haraway (2009), por apresentar elementos pós-gênero e promover diferentes relações com seu espaço social, representando, enquanto construto ficcional, as ambições almejadas pelas teóricas feministas apresentadas, além de ter potencial para diversos outros percursos de análise. |