Maternidade, consumo e sustentabilidade sob a ótica ecofeminista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Riemenschneider, Patricia Strauss
Orientador(a): Ferri, Caroline
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/1132
Resumo: As sociedades ocidentais atuais tentam influenciar as mulheres e, em especial, as mães, sobre comportamentos e condutas na criação de seus filhos. Através de práticas enraizadas e estabelecidas, propagam que tudo que for derivado da tecnologia e do desenvolvimento é melhor e traria, como consequência, mais benefícios para a prole do que que o for instintivo e natural. A prática de cesáreas agendadas, o uso de leite artificial, o desaconselhamento ao uso da cama ou cômodo compartilhado, bem como a utilização de alimentos industrializados e processados na nutrição dos filhos seriam, desta forma, práticas “modernas” e “contemporâneas”. Já, em contrapartida, o parto natural, o aleitamento materno, a prática da cama compartilhada, bem como a alimentação baseada em produtos naturais seriam condutas “anacrônicas”, “inconvenientes” e “ultrapassadas”. No entanto, as práticas atuais e derivadas do “desenvolvimento não só não trazem benefícios para a saúde dos filhos, como também não são praticas ditas “sustentáveis”. Possuem altos custos de produção, além de gerar resíduos e descarte degradando, assim, o meio ambiente e diminuindo os recursos naturais do Planeta. O Ecofeminimo entende que a mitigação do protagonismo feminino e a exploração da Natureza são consequências de um mesmo fenômeno: a dominação masculina sobre ambas que existe em sistemas de opressão, como o patriarcado. Através de várias premissas, coloca mulheres e Natureza em um regime de submissão: trata a mulher como incompetente e incapaz para o ato de parir e de cuidar da prole e a Natureza como uma mera fonte de recursos, apta a ser degradada e explorada. A Filosofia Ecofeminista embasa teoricamente, assim, o presente estudo, já que trata, dentro de suas diferentes correntes, sobre a falácia de que tudo que for “tecnológico” e “desenvolvido” seria melhor que o “natural” e “instintivo”, quando na verdade, o que ocorre, é exatamente o contrário: o retorno às origens e às práticas primitivas relativas à maternidade, além de ser sustentável, também é, infinitamente melhor para a saúde das futuras gerações.