Experiências criativas de ressignificação em Hilda Hilst: uma perspectiva ecofeminista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Marcelo Pereira lattes
Orientador(a): Almeida, Márcia de lattes
Banca de defesa: Duarte, Constância Lima lattes, Brandão, Izabel de Fátima de Oliveira lattes, Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues lattes, Ribeiro, Gilvan Procópio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5383
Resumo: A tese tem como objetivo analisar a produção literária em prosa da autora Hilda Hilst, principalmente os textos Fluxo-Floema, A obscena senhora D, “Rútilo Nada”, além de sua trilogia obscena, a partir de uma compreensão que amplie as noções mais habituais da crítica em relação à escritora, vinculadas apenas a um discurso de radicalidade e transgressão. Nesse aspecto, o trabalho orientou-se por uma perspectiva que problematizasse a postura encontrada nos textos de Hilst, ultrapassando o entendimento que já se sabia da sua produção e focalizando a atenção, assim, em elementos que estavam inseridos dentro de um repertório de signos tradicionalistas e imanentistas, como por exemplo, a casa e o ambiente familiar. Partindo disso, percebeu-se que os textos construíam um mecanismo de ruptura inusitado, pois não ignoravam o legado idealista desses signos, ou seja, reconheciam sua força na existência e propunham resistências criativas. Dessa maneira, Hilst aproxima sua produção em prosa da corrente ecofeminista, a qual também propõe uma atitude de retecimento não só à esfera ambiental, mas também social e subjetiva. Nesse ponto, a tese propicia uma discussão em torno da noção de “ecologia” e mostra de que maneira o alargamento do seu conceito serviu como parâmetro para se entender o ousado procedimento de ruptura de Hilst, levando-se em conta o caráter metafísico das construções tradicionalistas.