Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Daniel Pires |
Orientador(a): |
Cescon, Everaldo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/handle/11338/859
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Resumo: |
Nesta dissertação, procura-se analisar se o naturalismo biológico de John Searle se apresenta como uma alternativa mais viável que as correntes fisicalistas e funcionalistas nas pesquisas que tratam da questão do livre-arbítrio. Sendo assim, toma-se, como estratégia de pesquisa, identificar os pressupostos destas linhas de pensamento da filosofia da mente, bem como as consequências filosóficas da adesão a cada uma delas. Para seguir tal caminho, toma-se como fio condutor o conceito de intencionalidade intrínseca. Entretanto, primeiramente define-se o que se entende por livre-arbítrio para então caracterizar de forma geral os posicionamentos fisicalistas e funcionalistas na filosofia da mente e tratar de como a questão do livre-arbítrio surge e pode ser crucial para tais correntes de pensamento. Posteriormente o naturalismo biológico é sintetizado (sobretudo no que tange à ontologia da consciência e à questão da intencionalidade) e contraposto ao fisicalismo e ao funcionalismo para, então, examinar a possibilidade do livre-arbítrio. Em tal contraposição, cada teoria é decomposta em seus enunciados para que os mesmos possam ser analisados criticamente. Nesta análise, verificase que o livre-arbítrio parece não encontrar espaço no cenário apresentado pelo fisicalismo e pelo funcionalismo. Defende-se que o naturalismo biológico searleano consegue esclarecer mais do que as outras duas correntes filosóficas como pode a ação livre ter a origem da sua motivação no que é externo ao estado mental que a faz ser realizada. A partir de tais constatações, avalia-se suas implicações éticas articulando as questões da intencionalidade intrínseca, do livre-arbítrio, da inteligência artificial forte e da responsabilidade moral a fim de concluir que às máquinas atuais não se pode atribuir responsabilidade moral por não serem capazes de intencionalidade intrínseca. Em seguida, argumenta-se pela origem evolutiva da intencionalidade e, por conseguinte, da moralidade. Neste sentido, defende-se também que a neurociência não elimina a responsabilização moral pois não prova que o livre-arbítrio é uma ilusão, ou seja, que tal ramo da ciência não contradiz o naturalismo biológico de John Searle. |