Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Garcez, Márcia Esteves Silva |
Orientador(a): |
Salvador, Mirian,
Erdtmann, Bernardo,
Pasqualotto, Fábio Firmbach |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ucs.br/handle/11338/692
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Resumo: |
A criopreservação de sêmen humano é de grande importância para a medicina reprodutiva, porém esse processo pode causar danos ao espermatozóide devido, entre outros aspectos, à produção de espécies reativas de oxigênio, as quais podem lesar as biomoléculas. Tanto o resveratrol quanto o ácido ascórbico são compostos com reconhecida capacidade antioxidante, porém ainda pouco estudados em relação à prevenção de criodanos em espermatozóides humanos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar marcadores de danos oxidativos e parâmetros seminais antes e após a criopreservação de sêmen humano em presença e ausência de resveratrol e ácido ascórbico. Foram analisadas amostras de sêmen de 20 homens inférteis e 10 doadores com fertilidade comprovada. Indivíduos com azoospermia(ausência de espermatozoides), leucocitospermia (aumento da contagem de leucócitos seminais) ou sob uso de suplementação antioxidante foram excluídos do estudo. Os marcadores de estresse oxidativo incluíram a avaliação dos produtos reativos ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e a atividade das enzimas superóxido dismutase (Sod) e catalase (Cat). Os danos ao DNA foram quantificados pelo ensaio Cometa. Após a análise seminal padrão as amostras foram divididas em alíquotas, quais sejam: sem a adição de antioxidantes (controle), com 0,1 mM, 1,0 mM, e 10,0 mM de resveratrol e 10,0 mM de ácido ascórbico. Após uma hora de incubação as alíquotas foram criopreservadas em nitrogênio líquido a - 196°C, empregando-se o TEST-Yolk buffer como agente crioprotetor. Paralelamente, foram avaliados, ainda, os parâmetros séricos para TBARS, Sod, Cat e níveis de ácido úrico em homens inférteis e férteis. Os resultados mostraram que o uso de ácido ascórbico e resveratrol não causou nenhuma alteração na concentração e morfologia dos espermatozóides, porém nenhum dos antioxidantes foi capaz de prevenir a diminuição da motilidade induzida pelo processo de criopreservação. A criopreservação induziu uma diminuição na atividade da Sod em indivíduos inférteis e um aumento nos níveis de TBARS nas amostras de homens férteis e inférteis. Observou-se uma correlação negativa entre motilidade espermática e os valores de TBARS em homens inférteis, tanto em amostras pré-congelamento (-0,868, p<0,05) quanto em amostras pós-congelamento (-0,897, p<0,05). A adição de resveratrol às amostras, previamente ao processo de criopreservação, preveniu a diminuição da atividade da Sod em indivíduos inférteis e diminuiu os níveis de TBARS tanto em homens férteis como em inférteis. O ácido ascórbico foi capaz de minimizar os danos oxidativos a lipídios causados pela criopreservação, porém somente em sêmen de homens inférteis. Observou-se ainda que a criopreservação induziu um significativo aumento de danos ao DNA (principalmente dos tipos 2, 3 e 4) em homens férteis e inférteis. A adição de ácido ascórbico ao espermatozóide reduziu os danos ao DNA em homens inférteis, mas não em homens férteis. Por outro lado, o resveratrol foi capaz de reduzir os danos ao DNA tanto em homens férteis como em inférteis. Salienta-se, ainda, que o uso de 10,0mM de resveratrol foi capaz de evitar todos os danos ao DNA induzidos pela criopreservação em homens inférteis. Observou-se, também, que os indivíduos inférteis apresentaram níveis séricos mais elevados de TBARS, ácido úrico e atividade de Sod. Embora outros estudos sejam necessários, os dados apresentados neste trabalho indicam a possibilidade da utilização do resveratrol e ácido ascórbico em procedimentos de criopreservação de sêmen humano, principalmente naqueles onde a motilidade não seja essencial para ocorrer a fecundação como, por exemplo, a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóide). |