A feminização do HIV/AIDS no município de Salvador/Bahia sob a perspectiva de mulheres infectadas: uma questão de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Cosete Silva lattes
Orientador(a): Perreault, Michel lattes
Banca de defesa: Paiva, Miriam, Delgado, Josimara Aparecida
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Políticas Sociais e Cidadania
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ucsal.br/handle/123456730/294
Resumo: Desde a sua descoberta em 1981, a epidemia da infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Aids vem se mostrando como um fenômeno global, contínuo, instável e dinâmico. Em pouco tempo, essa epidemia se transformou em um grave problema de saúde pública mundial em razão dos altos índices de morbi-mortalidade. A característica epidêmica fortemente masculina dessa patologia, com a maioria das vitimas homens, tanto homossexuais quanto heterossexuais vem mudando o seu perfil, e, cada vez mais a população feminina tem sido acometida: segundo dados da UNAIDS, no mundo, as mulheres jovens representam mais de 60% de todos os jovens que vivem com HIV e na África essa taxa chega a 72%. Diante desses dados, suscitou-se ao seguinte questionamento: Será que a vulnerabilidade das mulheres relacionada ao gênero vem contribuindo com o processo de feminização do HIV/Aids no município de Salvador no estado da Bahia? A partir de então, traçou-se como objetivo geral dessa pesquisa: descrever valores, atitudes, crenças, comportamentos e contextos historico-socio-culturais que possam ter vulnerabilizado mulheres para a infecção pelo vírus HIV/Aids em Salvador, no estado da Bahia. E, como objetivos específicos: identificar com mulheres já contaminadas, no município de Salvador, valores, atitudes, crenças, comportamentos e contextos historico-socio culturais que vulnerabilizaram as mulheres ao processo de infecção ao HIV/Aids; buscar com mulheres já contaminadas sua percepção frente a contaminação pelo HIV/Aids com relação ao homem, a idade, a renda e ao bairro; examinar com mulheres contaminadas as ações de saúde que poderiam ser realizadas na intenção de minimizar o processo de feminização do HIV/Aids. A metodologia adotada foi a qualitativa, com abordagem exploratória, tendo como foco a feminização da AIDS, adotando o gênero como recorte analítico. Essa pesquisa foi desenvolvida no antigo Centro de Referencia em DST/ AIDS do Estado da Bahia (Creaids), instituição pública do Sistema Único de Saúde (SUS). A população foi composta por um quantitativo mínimo de 14 mulheres cadastradas no serviço, no período de 2004 (momento do início do funcionamento da unidade) a agosto de 2011.