Ecos do entrelace do contrato social com o contrato sexual: indivíduos, sexualidades e famílias contemporâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Marlene Brito de Jesus lattes
Orientador(a): Menezes, José Euclimar Xavier de lattes
Banca de defesa: Coutinho, Denise Maria Barreto, Messeder, Suely Aldir, Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon, Alcântara, Miriã Alves Ramos de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica do Salvador
Programa de Pós-Graduação: Família na Sociedade Contemporânea
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/123456730/226
Resumo: A partir das conjecturas provocativas da obra O Contrato Sexual, às teorias do contrato social, a tese tem por objetivo apresentar e discutir o entrelace do contrato social com o contrato sexual. Consiste em uma estratégia argumentativa que apresenta a interdependência entre a ideia de indivíduos, sexualidades e famílias na contemporaneidade. O referencial teórico interdisciplinar ampara-se na Psicologia Social e nas Ciências Sociais não neutras quanto ao gênero. As questões geradoras convocam: O que é ser indivíduo? E o que resulta na contemporaneidade a convicção dessa nomeação? De que sexualidade se fala? O que é família? Um desenho metodológico qualitativo com a técnica dos estudos de casos múltiplos destaca as representações sociais de três (03) famílias participantes, residentes na cidade de Salvador/BA: a família Sigma, constituída por pai mãe e duas filhas, a família Delta, por padrasto, mãe e filha. E a família Gama, constituída por mãe e filho. São seis mulheres e três homens em idades entre 27 e 64 anos, escolarizados e pertencentes ao segmento social médio urbano. A história de vida foi a técnica que recolhi os dados principais, analisados pela técnica da análise de discurso. A tese apresenta a proposta do entrelace entre os contratos e acrescenta o conhecimento sobre indivíduos, sexualidades e famílias, com as representações e histórias de vida de mães, pais, filho e filhas, suas experiências na infância, juventude, namoro, relacionamentos afetivos, sexuais, casamento e recasamento. Os resultados indicam que na contemporaneidade os ‘indivíduos contratantes’ estão fragmentados. Há sexualidades conflitantes nomeadas por perspectivas históricas e sexualidades roteirizadas. A ideia de sexualidade e famílias são chanceladas pelo entrelace dos contratos. O entrelace do contrato social com o sexual amplia a compreensão sobre as diferentes formas que se apresentam indivíduos, sexualidades e famílias. Há ecos do entrelace dos contratos, em regras e normatizações que envolvem a construção de vínculos, afetos e parece criar uma espécie de liga nas relações entre os sexos. Em termos teóricos é minha sugestão que os ecos do entrelace do contrato social com o sexual estão nas relações de gênero entre indivíduos, sexualidades e famílias. As famílias Sigma, Delta e Gama parecem muito próximas do entrelace e desenlace dos contratos. Mas não significa que os indivíduos sociais estão entrelaçados por completo. Sua ação talvez seja de entrar e sair desse entrelace, minando sua hegemonia, fazendo surgir o estranhamento, a denúncia de uma condição assimétrica de convivência social.